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Bancários ameaçam iniciar greve

Os bancários de todas as agências bancárias do Brasil estão anunciando a possibilidade de greve para a próxima semana. Na Paraíba, o movimento foi confirmado pelo presidente de finanças do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Paulo César, ao programa Arapuan Verdade desta sexta-feira. Na próxima terça-feira haverá nova rodada de negociações.

A Campanha Nacional dos Bancários 2024 está em andamento há mais de dois meses, mas as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) têm sido infrutíferas. No último encontro, em 13 de agosto, a patronal não apresentou respostas às reivindicações da categoria para o reajuste salarial, tampouco se comprometeu a apresentar alguma na mesa da última terça-feira (20).

“O sindicato está totalmente mobilizado, estamos pedindo o INPC, que nada mais é que a reposição salarial. Não é aumento, é a inflação mais 5%. E eles vinham oferecendo 0,83%, ou seja, nem a inflação é reposta”, explicou Paulo César.

Segundo levantamento do Comando Nacional, em 2023, os cinco maiores bancos, juntos, tiveram um lucro de R$ 108,6 bilhões. Nos últimos 10 anos, o lucro cresceu 169% acima da inflação e a rentabilidade média do setor é de 15% acima da inflação. Além disso, 86% dos acordos trabalhistas fechados este ano no país tiveram aumento real – com acordos vindo de setores menores e menos lucrativos que o bancário. Ou seja: a choradeira dos bancos (que alegam que a competitividade impede o reajuste) não se justifica – e acaba com a paciência dos bancários.

“Temos de ter uma greve para enfrentar esses banqueiros, enfrentar o setor que mais lucra nesse país, que mais explora os trabalhadores, que explora a população. Então nós estamos fazendo esse chamado aqui, na cara dos banqueiros, e falando diretamente para quem coordena essa negociação. É necessário construir uma greve nacional da categoria, que continua sendo o instrumento mais forte da população”, defendeu o sindicalista Bento Damasceno Ferreira, delegado sindical do Banco do Brasil e militante do movimento.”O que não dá para fazer, o que está desatualizado, é a greve de fachada. Que parem os setores, que pare o home office, que parem os setores de tecnologia dos, parem as agências. Viva a greve da categoria bancária. É necessário construir uma greve nacional da categoria”, defendeu.

Conflito no Santander

O Sindicato dos Bancários da Paraíba divulgou nota de repúdio contra a “violenta ação promovida pelo banco Santander, que utilizou a polícia militar para reprimir trabalhadores durante protesto no Dia Nacional de Luta contra a terceirização, ocorrido no Radar Santander SP, em 22 de agosto”.

“Essa atitude lamentável demonstra como o Santander, coloca em segundo plano os direitos e a dignidade de seus funcionários. A violência contra os bancários que exerciam seu direito legítimo de protestar é inaceitável e demonstra uma total falta de respeito e de justiça no ambiente de trabalho. O Sindicato manifesta sua solidariedade aos bancários agredidos e reafirma seu compromisso com a luta por melhores condições de trabalho, manutenção dos empregos e o fim das metas abusivas. Não seremos intimidados!”, finaliza a nota.

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