Entrada principal do Palácio da Redenção vira reduto de bêbedos e vadios; sem segurança a cachaça rola solta na porta do Governo
As cenas registradas na porta principal do Palácio da Redenção sinalizam para o que se chama fim de Governo quando o cafezinho vem frio e a água mineral acaba.
Nunca em tempo algum a vetusta sede do Governo paraibano foi tão desprestigiada, tão desacatada como nesse período onde os desocupados e bêbados fizeram dela ponto de reunião para esvaziarem as garrafas de cachaça adquiridas com o esforço das mãos estendidas para a caridade alheia.
Um verdadeiro botequim patrocinado pela inoperância e omissão de uma guarda que demonstra não ter o menor compromisso com o decoro da sede do Governo entregue ao vício e a vagabundagem como se aquele prédio histórico, referência do Poder Executivo, não significasse nada e não causasse estranheza e perplexidade aos turistas que por acaso se dirijam aquele monumento erguido defronte ao Palácio em homenagem a um dos mais representativos vultos da história paraibana, e se deparassem com aquela farra monumental na entrada principal da sede oficial do Governo.
Não se sabe se em outras sedes de Governo como no Palácio da Princesa, em Recife, aqui vizinho, cenas como essa se reproduzam mostrando todo descaso de uma Casa Militar cuja reputação já não é das melhores desde que apontada como envolvida na escolta de dinheiro roubado aos paraibanos.
Essa mesma Casa Militar, cujo Chefe no Governo passado foi apontado como um dos condutores do dinheiro roubado, parece que foi destituída, já que concentrações tão insultuosas à dignidade do Poder Executivo transcorrem com tanta naturalidade que o local passa ter a aparência de botequim de beira de calçada, permitindo e condescendendo que bêbados e vadios se aglomerem desrespeitando, sobretudo, os decretos do governador, que proíbem aglomerações.
Se esse Governo não está chegando ao fim passa a impressão que está sendo testado na sua autoridade por aqueles redutos ligados ao ex-governador Ricardo Coutinho quando cenas como essa inundam as calçadas do outrora vetusto Palácio do Governo mostrando que não há mais nenhum compromisso com a atual gestão, relutante em usar a caneta para coibir esse descaso com cheiro de provocação barata.
Errata: onde se lia Legislativo, leia-se Executivo