Léo Bezerra como vice de Cícero soa como provocação a moralidade política e também como deboche à probidade de Bruno Farias
Há muito que o Jampanews vem alertando para as manobras solertes conduzidas pelo presidente do Cidadania, Ronaldo Guerra, uma reprodução política do perfil traçado por Lombroso, que denuncia certos espertalhões pela saliência das queixadas e pelas várias assimetrias das feições.
Essa figura sinistra, que emergiu dos esgotos do PPS, tangida da gestão de Luciano Cartaxo para os limites de Cabedelo, ressurge com força total de forma cavilosa, aproveitando-se da tibieza do governador e direcionando para dentro de sua gestão o que restou do rebotalho socialista, reproduzindo uma manobra, que tentou na prefeitura da capital, mas que foi repudiada e abortada pelos Cartaxos, não tão ingênuos como João Azevedo.
Obedecendo seus instintos de boi arrombador de cercas, Guerra vem reintroduzindo no cenário político, o esquema mais do que suspeito de Ricardo Coutinho, através da condução para cargos de comando na vida pública de personalidades reconhecidamente ligadas ao poderoso chefão da organização criminosa desbaratada.
De forma insidiosa, Guerra vem tramando com Ricardo – como já suspeitam muitos – a ocupação de postos importantes na política de forma a preservar o domínio e influência dele, mesmo estigmatizado pelas robustas provas de sua liderança na Orcrim que devastou os cofres públicos.
E, tudo indica, pretende continuar essa devastação com a colaboração valiosa do presidente do Cidadania, transformado em legenda de aluguel do PSB.
A indicação de Léo Bezerra para vice de Cícero, um filhote de cobra que se inicia na política recorrendo as mesmas cavilações que forjaram seu pai, Hervázio Bezerra, até recentemente aliado do inimigo público número 1 do Estado, Ricardo Coutinho, e candidato do projeto de dominação plena dos poderes apoiado para presidência da Assembleia Legislativa pelo esquema criminoso, não o consumando pelo golpe de mestre dado por Adriano Galdino a quem os paraibanos devem essa assepsia.
Essa indicação significa um ultraje a moralidade pública e uma ostensiva evidência da influência de Ricardo na vida pública do estado através de prepostos, o que seria suficiente para provar que ele devia estar na cadeia e não participando de conchavos políticos, para se eternizar no Poder.
Complacente
Mas, o que causa mais estranheza nessa operação toda seria a complacência de Cícero Lucena, vítima desse grupo que lhe hostilizou e difamou por tanto tempo.
Cícero aceitar esse tipo de indicação, privilegiando o filho de um homem que não hesitou em cravar o punhal da traição em suas costas, num dos episódios mais sórdidos da história política recente, quando o próprio Judas reconheceu que trair seria inerente a sua deformação moral, causa perplexidade e estarrecimento por significar a submissão plena a sordidez que o abateu na política.
Caso Cícero aceite esse beijo estará jogando na lama toda dignidade que reveste sua trajetória de agente público até por estar rejeitando a companhia de um homem probo na sua chapa como é o vereador Bruno Farias, cujos serviços prestados ao partido e a cidade estão sendo despejados no lixo pelo presidente do Cidadania.
Esses interesses, que movem Guerra para se compor com o esquema de Ricardo, precisam ser investigados com urgência e profundida. Quem sabe João Azevedo se deixe mover pelo instinto de sobrevivência que alertou Cartaxo e devolva para o anonimato essa legítima reprodução do perfil de Lombroso, cuja aparição no cenário político não tem explicação diante da sua asquerosa mediocridade.