Presidente do Clube dos Oficiais pede a imediata revogação da MP 293 e exime Governador de responsabilidades
Não deixa de repercutir intensamente no meio militar a Medida Provisória 293, vista como um golpe de morte na instituição, tramada supostamente nos porões do Comando Geral para beneficiar uma minoria de oficiais superiores, na iminência de irem para a reserva remunerada, quando perderão então 40% do soldo.
A medida teria cheiro de golpe e apenas uma minoria irrisória seria beneficiada causando perplexidade e estarrecimento ao resto do oficialato, que se manifestou nas redes sociais, protestando contra a iniciativa, chamando a atenção o fato de que, tornava-se mais grave – o suposto embuste – por transmitir a sensação geral de que, o governador do estado teria sido vítima de um ardil promovido por auxiliares dos altos escalões, interessados em preservar e prorrogar privilégios.
Essa sensação ficou expressa na nota oficial do Clube dos Oficiais – a mais importante entidade representativa da instituição, quando e onde o presidente da categoria, coronel Francisco de Assis, isentou o governador João Azevedo de qualquer responsabilidade sobre a iniciativa e sobre os danos que ela causaria a imensa maioria dos oficiais da Polícia Militar por significar uma rolha que estancaria o fluxo normal das promoções, atrofiando a corporação.
” Eu acredito que o governador foi iludido e ouviu outros argumentos que não expressam a verdade nem revelam os danos causados a Instituição”, ressalta o coronel em conversa com a Imprensa.
Na nota, o coronel Francisco, presidente da maior e mais representativa entidade da PM, enfatiza a manobra que teria sido empregada para iludir o governador e externa sua preocupação diante deste fato por considerar gravíssimo “um auxiliar de primeiro escalão recorrer ao embuste para atingir objetivos que, não apenas fere a Constituição e o principio da igualdade como também revelaria um profundo desrespeito a maior autoridade do estado, além de uma ousadia sem limites, que seria induzir o governador a um erro tão grosseiro, que o joga contra a maioria da corporação”.
Diz o coronel: ” Que confiança pode ser depositada em alguém que, sem o menor escrúpulo, induz o governador assinar uma MP desse teor? Que noção de dignidade e respeito aos valores mais comezinhos da administração pública manifesta um auxiliar desse quilate, quando na calada da noite joga o governador numa situação desta, ao ponto de alterar os ânimos da tropa, agora motivada ao protesto e estimulada ao desinteresse pelo trabalho de garantir a segurança pública?”
“Não temos outra alternativa a não ser pedir a revogação da MP, e a imediata exoneração do embusteiro, para que o governador possa dar uma satisfação à tropa e também a sociedade e reconhecer que foi ludibriado “, finaliza
Na esteira da estrondosa repercussão mais uma nota neste sábado desta vez da Associação de Cabos e Sargentos, repudiando a MP293, e solicitando que os deputados não transformem em. Lei essa aberração urdida nos porões do Comando Geral
Abaixo a nota da entidade de Cabos e Sargentos: