UFPB inicia testes com sistema híbrido para geração de energia
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) acaba de concluir a primeira etapa da instalação de um sistema de energia híbrida (solar-eólica) no campus I. O protótipo, instalado no prédio do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema), no Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), está em fase de testes e a previsão é de que até 2022 seja concluída a implantação de uma microusina híbrida, composta por três sistemas geradores idênticos.
O projeto pioneiro na UFPB é resultado de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida por pesquisadores da universidade há dois anos, fruto da dissertação de mestrado do discente Edvanil Albuquerque Duarte Junior, e sob a coordenação do professor Raimundo Menezes, para transformação das energias solar e eólica em elétrica. Segundo o docente, o primeiro sistema, que começou a ser construído no ano passado, já está captando energia solar e eólica, com a finalidade de buscar independência energética para o prédio do Prodema, atendendo inicialmente a demanda de iluminação do edifício, que conta com ambientes como laboratórios, auditório e salas para alunos.
Com capacidade final de geração de até 3 kWh, o sistema pode fazer funcionar em torno de 50 luminárias de modo estável, segundo projeção de Raimundo Menezes. A potência gerada com o sistema completo (três geradores) poderá atender plenamente até 200 luminárias, o que representa aproximadamente 10 vezes a demanda de iluminação do prédio. A energia excedente seria utilizada para outras demandas, a exemplo do funcionamento de computadores e impressoras do edifício, exclusivamente com energia renovável híbrida.
A proposta do estudo, segundo o coordenador, é ir além e adotar esse sistema híbrido para geração de energia elétrica em repartições públicas da região litorânea, oferecendo confiabilidade energética em termos de eficiência, além da vantagem da sustentabilidade e da economia para os órgãos públicos. “A criação desse sistema de geração de energia mais limpa e de matriz renovável prova que mesmo com poucos recursos conseguimos desenvolver pesquisas de grande impacto para a sociedade”, destacou o professor.
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Reportagem: Milena Dantas
Edição: Aline Lins