Balança mais não cai: Mar de denúncias ameaça afogar comandante geral da PM; para fontes do Governo, situação de Euller seria insustentável
Realmente, não está fácil a vida para o coronel Euller Chaves, comandante geral da Polícia Militar, se consideradas as denúncias que infestam as caixas de e-mails dos órgãos de imprensa do Estado. Depois das boinas e coturnos, estaria descendo a encosta uma avalanche sem precedentes de lanches e quentinhas, capaz de soterrar o comando do oficial, remanescente do esquema político de Ricardo Coutinho, um dos sobreviventes do núcleo duro do Governo passado, aquele que as investigações do Gaeco desmancharam e terminou por prender alguns e forçar a exoneração de outros, transformados em réus.
O que foi sinalizado de Campina Grande revelaria um consumo de sanduíches e quentinhas, que alimentaria um exercito bem maior do que todo o contingente policial destacado naquela região polarizada pela Rainha da Borborema.
Os números estarrecem e aponta para um consumo de alimentos, algo próximo de 120 mil sanduíches quantidade que daria para alimentar a tropa por um período de um ano, segundo as informações que chegam ao portal.
O que chamaria a atenção é que essa farta distribuição de alimento só ocorreria em oportunidades como eventos, quando se faz necessário um policiamento reforçado e a distribuição de lanche aos escalados para o serviço da ocasião.
A colheita minuciosa dessas informações ainda está se processando e ela deve ser encaminhada ao Ministério Público, mas os detalhes que vazaram para o portal revela a tremenda dor de cabeça que essa indigestão de alimentos deve provocar ao Comando da Corporação já envolvido em situações que desgastam e abalam seu conceito junto ao governador João Azevedo.
Dossiê Lanfranchi
Para aumentar ainda mais a acidez estomacal do comandante geral o deputado Cabo Gilberto oficiou ao Ouvidor Geral da Secretaria, Mário Gomes, pedido de explicações sobre o paradeiro do dossiê Lanfranchi protocolado e entregue em mãos pela doutora Valdênia Lanfranchi assim que exonerada do cargo.
O dossiê teria cópias nas mãos da ex-ouvidora, do Corregedor Geral da Secretaria de Segurança, João Alves, e do Ministério Público, o que tornaria incompreensível o desconhecimento do seu conteúdo mandado arquivar pelo ex-procurador geral do estado, Gilberto Carneiro, hoje réu em vários processos na Justiça, o que torna altamente suspeito o arquivamento.
Para o deputado Cabo Gilberto seria inexplicável esse silêncio e essa omissão sobre documento tão comprometedor. “Os paraibanos precisam e exigem que o teor desse documento seja revelado”, ressalta o deputado.
O Ministério Público, por solicitação do deputado também estaria investigando a farra das diárias concedidas ao comandante onde ele teria entre outras viagens incursionado a Goiana (PE) para inspecionar a Fábrica da Fiat. O coronel também teria recebido diárias para dar um pulinho a localidades e eventos que não justificariam a despesa.
Mais dor de cabeça para o comandante, debatendo-se nesse mar de denúncias.