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Em Bayeux, os Poderes perderam o pudor?

Nada mais deprimente do que o Poder sem pudor e isso estaria ocorrendo em Bayeux, uma cidade cada vez mais próxima do que foi Chicago na década de 30, do século passado, quando a figura sinistra de Al Capone dava as ordens no terreiro.

Bayeux perdeu toda noção de dignidade, de pudor, de recato e as suas instituições cada vez mais abraçadas ao que existe de mais deplorável em termos de conduta.

O que em outras regiões do país é combatido com o rigor que a legislação impõe, em Bayeux é acolhido com desfaçatez, inclusive por autoridades; elas que deviam dar exemplo e servirem de referência aos bons costumes.

Enquanto no Paraná, por exemplo, um contraventor é investigado e preso por suas atividades ligadas a contravenção e cuja extensão as investigações apontam para a lavagem de dinheiro; em Bayeux, eles são saudados como salvadores da pátria e a influência é tal que invadem gabinetes com a mesma desenvoltura com que circulam nas suas bancas de bicho.

Log em seguida as comemorações nas redes sociais festejando uma suposta intimidade com a juíza

Osvaldinho, ex-presidente da Câmara Municipal de Arapongas, no Paraná, foi preso e nem todo dinheiro recolhido por suas bancas de azar capaz de soltá-lo numa demonstração de que, lá a Justiça se impõe com o zelo e o rigor que a sociedade cobra e espera.

Mais ainda: as investigações no Paraná apontaram para a lavagem do dinheiro que os jogos de azar retiram do bolso dos mais ingênuos exatamente aquilo que também desconfiam as autoridades paraibanas como já externou o promotor chefe do Gaeco, Otávio Paulo Neto, em declarações que repercutiram na imprensa nacional.

E tome festa…

Mas, o nosso Osvaldinho daqui de Bayeux seria uma exceção porque estabelecido com uma suposta lavanderia em rua central da cidade desde 1947 sem que nenhuma autoridade paraibana o incomode ou o questione.

E, beneficiado por essa complacência e tolerância, vem expandindo seus negócios – mais do que suspeitos – agora misturados aos negócios públicos num festival de indecências que só Bayeux pode tolerar.

O nosso contraventor não se contenta apenas com o jogo do bicho para afrontar a sociedade: ele também faz uso do aliciamento de mulheres, sejam de maior ou não como ficou escancarado em áudio que explodiu nas redes sociais e também na mídia digital demonstrando o grau de permissividade que atingiu a cidade com a contribuição inestimável desse depravado.

E o Santo nome de Deus proferido em vão

Mas não para aí, vai mais além, chegando as raias da intimidação e da ameaça explicita através de pistoleiros sobejamente conhecidos e reconhecidamente perigosos, que citam seu nome, em áudios, como patrocinador de violências, gravações já de posse desse portal para as devidas providências judiciais, como também para mostrar a esse energúmeno que o risco que corre o pau corre o machado.

Ele tem dado inúmeras demonstrações de força aparecendo abraçado a deputados, pousando ao lado de prefeitos e juízes, revelando todo grau de influência que estabeleceu na nossa pobre Chicago paraibana, onde os Poderes perderam o pudor tal o grau de aproximação e entrosamento com esses representantes da contravenção.

Essas autoridades deviam evitar companhias tão nefastas para não ver jogado na lama o respeito que se deve as instituições.

…E o da magistrada também

A fama de Joao de Deus adquirida depois do áudio bombástico, onde diz audivelmente a uma mulher que para conseguir as coisas com ele tem que ir para a cama, não recomenda esse ancião frequentar ambientes onde se preserva os direitos da mulher como a Secretaria especifica para isso, e onde ele ancorou uma das suas mais ardentes seguidoras.

Uma declaração infame, que varreu os confins do estado, e coloca em dúvida a reputação de qualquer mulher que se aproxime dele, porque, com Joao de Deus, os favores têm que ser retribuídos na cama.

Então, não se justifica que uma foto como a que ilustra essa matéria ganhe a repercussão que ganhou nas redes sociais, onde a sarjeta que aplaude o aliciador e bicheiro se esbalda comemorando o registro fotográfico como se ele fosse uma demonstração de envolvimento e parceria entre a magistrada e o aliciador.

Em Arapongas(PR), contraventor é preso e Oswaldinho foi parar nas grades

Se ele não tem reputação a resguardar a magistrada tem porque regida por um código de ética muito rigoroso e inflexível, que não permite aos membros do Judiciário envolvimentos com gente tão suspeita e promíscua.

Com certeza, a juíza não esperava por essa publicidade toda como também por essa conotação tão constrangedora, despudorada, que inundou as redes sociais, promovida por pessoas e mulheres que adoram e aplaudem o João de Deus de Bayeux e, supostamente recebem dele para incensá-lo na vã ilusão de que possam disfarçar o odor fétido que exala da sua fétida pessoa.

Não se pode conceber que um representante do digno Poder Judiciário da Paraíba mantenha ou tenha qualquer tipo de relacionamento com alguém tão desprovido de atributos morais e que faz do dinheiro ilícito que ganha instrumento para corromper, aliciar, intimidar, ameaçar, insultar e humilhar pessoas.

Temos que acreditar que a juíza foi atraída para uma armadilha que visava emprestar prestigio ao contraventor e aliciador como de fato foi comemorado e enfatizado pela turba ignara nas redes sociais, ressaltando e realçando uma relação de intimidade que os valores morais e legais jamais conceberiam e muito menos aprovariam porque um atentado a reputação da magistrada, misturada à lama da contravenção de forma irresponsável e criminosa, e que ensejaria, inclusive, uma ação por danos morais, pelo uso indevido de sua imagem.

Não seria o fato da presença da magistrada no gabinete – uma visita institucional, mas a comemoração feita nas redes sociais como se a presença dela junto ao contraventor tivesse o objetivo de prestigiá-lo, de emprestar a sua combalida imagem uma reputação de respeitabilidade que está longe de possuir por tudo que a sua trajetória demonstra.

Fotos como essas, chegadas ao Conselho Nacional de Justiça, deixariam a íntegra magistrada de Bayeux – conhecida pelo rigor e retidão com que conduz a Justiça no município – em situação de constrangimento porque seus superiores não poderiam entender que tipo de interesses unem um membro do Judiciário brasileiro a um reputado contraventor e aliciador de mulheres.

A matéria serve de advertência à digna magistrada para que ela não seja usada por gente de caráter duvidoso e que pretende colar a sua imagem o ditado que diz: “dize-me com quem andas que te direi quem és”.

 

 

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