Apesar de bem avaliado, João tem mossas na carcaça que pode complicar sua reeleição
Se alguém duvidava, a campanha de 2020 já está em andamento haja vista a movimentação das forças que deverão se confrontar no próximo pleito.
Aliados e adversários em pleno ritmo de campanha em constantes e aceleradas expedições pelo Estado como se pode aferir pelo noticiário, onde as muitas incursões revelam as rotas percorridas atrás do voto do eleitor.
As escaramuças também comprovam o clima de guerra e as muitas alfinetadas distribuídas dentro da paliçada que reúne os aliados do Governo demonstrando que a convivência não será nada fácil e menos ainda administrar esse ninho de cobra.
Mesmo acusado pela tímida oposição de inoperante e de não honrar promessas de campanha numa extremada tentativa de pregar no governador a pecha de incapaz – e essa tentativa de diminuí-lo partir de velhos e íntimos aliados, João vem sabendo tirar proveito das dificuldades e se saído de situações delicadas e hostis como as promovidas pela pandemia.
Em um verdadeiro contorcionismo político para conservar unida as forças que se alinharam ao seu Governo – muito mais fiéis ao Governo do que ao próprio governador -, João estaria vivendo o auge de sua gestão, bafejado pelos ventos favoráveis que os recursos bem aplicados estão propiciando.
Esses acertos permitiriam o percurso alvissareiro que o faz percorrer o Estado, escoltado pelos mais astutos e oportunistas agentes públicos, cuja trajetória está repleta de mudanças bruscas, notadamente na hora H, caso as fontes de abastecimento se esgotem.
A fome também está dando sua grande contribuição ao projeto politico de João, e programas sociais sedimentando a imagem do governador junto à grande massa de necessitados.
E o sucesso desses programas abraçado por aliados de todos os naipes, acostumados assumir a paternidade de crianças bonitas, comprovando que o Governo e suas iniciativas são mais atraentes do que o governador.
Mas João ainda não conseguiu se livrar das amarras do passado e sua gestão nunca deixará de ser comparada ao desastre moral que levou a pique o ex-governador Ricardo Coutinho.
São muitos os laços que ainda unem João e Ricardo e a imagem do padrinho, por mais que venha sendo afastada pela sufocante ação de blindagem promovida pela política de comunicação, deve e pode mostrar o quanto ainda estão juntos e misturados os dois velhos companheiros de jornada política.
A gestão de João ainda tem muito de Ricardo e os adversários devem aproveitar essa semelhança para alertar a opinião pública e particularmente o eleitor de que, o velho e criminoso esquema não foi de todo debelado.