Conversas reservadas, almoços e jantares tudo sinaliza para o início da campanha, contrariando alguns aprendizes de feiticeiro
Por mais que o Governo tenha tentado frear a roda da política percebe-se pela agitação no meio que seu intento não foi alcançado e, quando muito apenas conseguiu provocar certa exacerbação de ânimos, que contribuiu para as movimentações de bastidores, muitas com ranço de conspiração.
As forças, que integram as bases do Governo, não obedeceram aos arreios de prata que alguns articulistas palacianos acharam por bem colocar e tomaram os bridões nos dentes, arrancando em desabalada carreira, deixando para trás a prudência palaciana ávida para só dar a largada no ano da campanha como forma de conter a enxurrada de pedidos, que, inexoravelmente, devem desaguar nos gabinetes governamentais.
Como resultado dessa prudência palaciana, os conchavos políticos explodiram e o que antes era uma única força em torno do governador João Azevedo começa se esfacelar apontando alternativas que destroem o que foi planejado com tanta cautela.
E uma campanha que parecia marchar para o êxito absoluto apresentar dissensões que a inexperiência de alguns feiticeiros de plantão fez questão de ignorar, apesar dos avisos e conselhos.
Aliados como Veneziano Vital do Rego, dono do seu nariz, com total autonomia para decidir seu futuro, já que no comando de um partido estruturado, com bom fundo partidário e horário de rádio e TV suficiente para divulgar uma imagem já consolidada junto ao eleitor – pelos cargos que ocupou e ocupa -, não necessitaria permanecer atrelado a projetos políticos.
Notadamente ao pressentir com seu faro aguçado que a relutância em autorizar a partida fortalecia os adversários, todos em movimentação e percorrendo o campo de batalha, costurando apoios e alianças, indiferentes aos projetos de quaisquer quem seja naquela de: quem é coxo, parte cedo.
Conversas reservadas, mensagens codificadas, almoços, jantares, tudo aponta e revela essa efervescência em andamento visando às composições para o próximo ano como se observa no noticiário palpitante, onde gente como Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo, Pedro Cunha Lima, Romero Rodrigues, Cássio Cunha Lima, Aguinaldo e Daniela Ribeiro passeiam já apresentando armas e vestindo as armaduras para uma batalha que não será tão tranquila como sonhavam os articuladores do Governo.
Essa diversidade de forças, perambulando pelas campinas, caso venha se aglomerar, representaria uma exercito considerável capaz de conduzir alguém para o poder, risco que não teria sido levado em conta pelos conselheiros de João. Agora esse namoro precisa ser interrompido para não dar em casamento.
Essa turma de profissionais em política sabe que, forçando um segundo turno, todos sairão valorizados’ menos o governador João Azevedo, que precisaria bater a parada no primeiro para garantir a reeleição ou então terá que fazer acordos exorbitantes para não ser precocemente aposentado na política.
João já ficou para trás na largada, agora precisa correr para recuperar o tempo perdido.
Nem só de obras vive o candidato, fosse assim o Mestre de Obras, Zé Maranhão, não teria perdido uma.