CMJP debate o impacto do Extremotec em João Pessoa
Na ocasião, foram apresentados os principais pontos que evidenciam o sucesso do projeto, que vem garantindo o desenvolvimento da cidade e transformando-a em vitrine da área de tecnologia
Na manhã desta sexta-feira (11), a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) debateu o impacto do Polo Tecnológico Extremo Oriental das Américas (Extremotec) na Capital paraibana. Na ocasião, membros do Polo, empresários e gestores municipais apresentaram os principais pontos que evidenciam o sucesso do projeto, que vem garantindo o desenvolvimento da cidade e transformando-a em vitrine da área de tecnologia. A audiência pública foi proposta pelo vereador Thiago Lucena (PMN).
Além dos vereadores Thiago Lucena e Marcos Henriques (PT), que secretariou os trabalhos, a mesa da audiência pública foi composta pelo gestor da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec) de João Pessoa, o vereador licenciado Durval Ferreira; pelo presidente da Associação de Usuários de Tecnologia da Paraíba (Sucesu-PB), Marcus Vinícius Delgado Varandas Filho; pelo representante da Secretaria da Receita Municipal (Serem), Adenilson Oliveira; pelo vice-presidente do Extremotec, Laércio Alexandrino; pelo professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e representante do Observatório de Start Up de João Pessoa, Miguel Maurício Isoni; e pelo professor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) Mateus Máximo de Lima.
“Estamos aqui para apresentar os resultados financeiros do Polo. Reafirmo que ninguém faz nada sozinho. A concretização do Extremotec foi possível pela parceria entre a Sucesu, a Gestão Municipal e a iniciativa privada. Conseguimos um surpreendente aumento na arrecadação, que veio bem rápido e servirá para investimentos na educação ou onde o prefeito desejar investir. O desenvolvimento vem para diversas áreas, e vai garantir a melhoria na qualidade de vida da população”, afirmou Thiago Lucena.
O gestor da Secitec, Durval Ferreira, fez um breve relato sobre a criação do Extremotec, destacando as ações da pasta para fomentar o projeto. Ele enfatizou a influência do Polo no aumento na arrecadação da cidade. “O fortalecimento do Extremotec precisa da interação entre a Academia, o Poder Público e a iniciativa privada, além de projetos efetivos com ênfase na Ciência, Tecnologia e Informação. O Polo pode continuar contando com a Secitec para fomentar o desenvolvimento social de forma sustentável”, afirmou o secretário. Durval Ferreira também anunciou a construção da sede do Polo (ainda sem data e local definidos) e a criação do Conselho e do Fundo Municipal da Ciência, Tecnologia e Informação, por parte do prefeito Luciano Cartaxo (PV).
Adenilson Oliveira realizou uma prestação de contas sobre a criação e os resultados consolidados do Extremotec. Através de slides, ficou evidenciado que no cerne da ideia do projeto estava a fomentação do desenvolvimento da área tecnológica e o aumento da arrecadação na cidade. O expositor destacou que, para fortalecer a ideia do Polo, foram estudadas fontes de atração para as empresas se estabelecerem em João Pessoa, tais como a garantia de uma mão de obra qualificada, boa qualidade de vida, carga tributária adequada e a interação entre o Governo, a Academia e a iniciativa privada. Ainda de acordo com a apresentação, o faturamento das empresas da área de tecnologia instaladas na Capital passou de R$ 226 milhões, em 2016, para R$ 356 milhões, em 2018; e a arrecadação do Imposto Sob Serviço (ISS) passou de R$ 3,7 milhões para R$ 5,4 milhões no mesmo período.
O presidente do Sucesu comentou sobre as primeiras reuniões entre as empresas, que evidenciaram o desejo de que a Capital paraibana fosse o local ideal para elas se desenvolverem, gerando emprego e renda para o Município. “O vereador Thiago Lucena transformou o Extremotec em prioridade do seu mandato e fortaleceu a luta para transformar João Pessoa uma cidade atrativa para os investimentos na área de tecnologia”, revelou Marcus Vinícius Delgado Varandas Filho.
Laércio Alexandrino afirmou que a aceleração da vinda das empresas tecnológicas para João Pessoa causará a falta de mão de obra qualificada, gerando a necessidade de atenção a fatores sociais como a evasão escolar e a cooptação dos jovens pelo mundo do crime. “Precisamos colocar o Extremotec dentro de um debate social. Poderíamos pensar na inserção da Programação na formação dos adolescentes, para que eles deste cedo sejam seduzidos pela área tecnológica, ao invés da bandidagem. Precisamos unir o desenvolvimento social da cidade à valorização da tecnologia”, sugeriu.
Os professores Miguel Isoni e Mateus Máximo ratificaram a importância da interação entre a Academia e as outras áreas da sociedade para garantir o desenvolvimento tecnológico e social do Município. “Está no cerne do IFPB focar no mercado produtivo. Realizamos parcerias com grandes empresas e com algumas locais. Focamos em pesquisa aplicada. Existe um corpo técnico bem preparado em João Pessoa, estamos na vanguarda do setor”, revelou o professor Mateus Máximo.
A chefe de gabinete da Secitec, Vaneide Araújo, enfatizou que a secretaria conseguiu realizar e fortalecer a conexão do Extremotec com as empresas de tecnologia da cidade, o Poder Público e a iniciativa privada. “Precisamos continuar seguindo na mesma direção para fortalecer o Polo em nossa cidade”, ensejou.
Damião Rodrigues