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Governo da Paraíba se reúne com Itamaraty e família de paraibana desaparecida na Ucrânia para traçar estratégias

Deu no jornal A União de hoje:

Por Ana Flávia Nóbrega

Membros do Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria Estadual de Representação Institucional da Paraíba (SERI-PB), Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) e família de Silvana Pilipenko, estiveram reunidos na tarde desta terça-feira para que o Governo Federal informasse sobre situação para tentar repatriar a mulher que ainda tem o paradeiro desconhecido na Ucrânia.

De acordo com Adauto Fernandes, secretário de Representação Institucional da Paraíba, o Itamaraty informou ao Estado e a família de que instituições humanitárias, como a Cruz Vermelha Internacional, se encontram com dificuldades para adentrar no território de Mariupol e tentar recuperar a paraibana, seu marido e a sogra.

Segundo os diplomatas André Mourão e Maria Cristina Rayol, a perspectiva é de que cerca de 250 mil pessoas continuem em Mariupol. Da população total de 550 mil civis estimados, 20 mil pessoas deixaram a cidade na primeira oportunidade e outros 11 mil nos dias seguintes após o início do conflito na cidade portuária localizada na fronteira com a Rússia.

Gabriel Pilipenko, filho e neto dos desaparecidos, esteve na reunião e informou sobre o contato de uma amiga que teria visto Silvana ainda no prédio onde residia, mesmo após um ataque que teria atingido a estrutura. Com a informação, o Itamaraty vai entrar em contato direto com a amiga de Gabriel para tentar a localização exata da paraibana e sua família ucraniana.

Também na reunião, Gabriel Pilipenko, que atualmente está na Alemanha, informou que irá se deslocar para a fronteira da Polônia com a Ucrânia, para facilitar a possibilidades de coletar mais informações e manter as esperanças de ajudar os familiares desaparecidos. Gabriel terá apoio do Governo da Paraíba.

“O filho dela revelou na reunião que manteve contato com uma pessoa que ele tinha contato. Essa pessoa viu a mãe dele no prédio onde ele morava, três dias atrás. A esperança dele é que o pai e a mãe estão com a avó dele, que é idosa e tem dificuldade de locomoção. E, por conta disso, ele mantém a fé de que os pais não vão deixar a avó sozinha e, por isso, eles devem estar juntos em um local seguro”, afirmou Adauto Fernandes.

Os membros do Itamaraty ressaltaram que, neste momento, não conseguem enviar um veículo da embaixada do Brasil na Ucrânia para recuperar a paraibana, em Mariupol, por conta dos ataques rotineiros. Mas acreditam que, mesmo assim, as tropas russas devem ser mais brandas nos ataques à Mariupol, já que a cidade representa um canal importante para logísticas de envio de tropas para o território ucraniano.

A partir da reunião, o governador da Paraíba João Azevêdo autorizou que o Estado seja colocado à disposição para ajudar o Itamaraty e as embaixadas para repatriar a paraibana.

“Emitimos outro documento por parte do Governo da Paraíba, deixando à disposição do que for preciso. O que queremos é que todos os paraibanos possam voltar ao Brasil”, ressaltou Adauto Fernandes.

O secretário informou ainda que o marido de Silvana, Vasyl Pilipenko, e a sogra de 86 anos também poderão vir ao Brasil através da ação conjunta de repatriação. Isto porque, mesmo sendo ucranianos, a situação se tornou um acordo democrático entre os países.

Estiveram presentes na reunião de modo presencial na sede do Ministério e, também, remoto, Adauto Fernandes, secretário de representação institucional da Paraíba, os diplomatas do Itamaraty André Mourão e Maria Cristina Rayol, além de Gabriel Pilipenko, filho e neto dos desaparecidos.

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