Ricardo defende a genealogia do coronelismo para Prefeitura de JP: Gervásio Maia Filho
O ex-governador Ricardo Coutinho é uma pessoa extremamente incoerente principalmente no aspecto político. Dono de um discurso vanguardista, onde a tônica é o ataque às forças conservadoras desse estado e desse país, consolidou-se na política, aliando-se a elas da forma mais descarada do mundo.
Jamais hesitou fazer alianças com o que tinha de mais representativo das oligarquias paraibanas, mais extremista em termos de Direita, quando as circunstâncias lhe eram favoráveis, inclusive com tradicionais descendentes do latifúndio paraibano acusado de mandar liquidar líderes camponeses.
Aliou-se ao grupo Cunha Lima, juntou-se com o velho e exausto José Maranhão, um dos mais representativos do feudalismo paraibano, ressaltando-se a inquestionável honradez; fez parceria com Manoel Junior legítimo representante de Eduardo Cunha, rompeu com o PT de Lula, trajetória tortuosa que não condiz com sua projeção de líder de esquerda como almeja ser definido.
Mas para não perder o rumo volta a compor com o conservadorismo político paraibano ao insinuar o nome de um dos mais tradicionais oligarcas do estado cujo passado de coronelismo está escrito na sua certidão de nascimento: Gervásio Maia Filho, Gervazinho, filho, neto, sobrinho e primo dos Maias, favor não confundir com aquela casa do famoso livro de Eça de Queiroz.
A família tem muita história e pouca reputação nos vários estados onde reina politicamente atropelando muitos dos conceitos de moralidade e probidade ao se levar em consideração o vasto e turbulento noticiário nacional onde personagens de escândalos com o tradicional sobrenome pontificam acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.
Gervasinho, um rebento desse clã está sendo burilado pela veia criadora do ex-governador cuja última invenção política vem ganhando vida própria e se afastando a toda carga de sua pessoa, nauseado com o odor putrefato que exala de sua gestão.
Gervasinho é tudo aquilo que Ricardo mais combateu quando do início de sua promissora careira política forjada no combate às velhas práticas tão ao gosto dos antepassados do sugerido e elogiado candidato de sua preferência para a prefeitura de João Pessoa, caso o andamento das investigações não atropelem suas pretensões de retornar ao Paço Municipal.
Gervasinho, o neto de João Agripino, primo e sobrinho de Agripino, César e Rodrigo Maia, com toda essa genealogia do mais legítimo coronelismo nordestino, seria o candidato do peito do esquerdista Ricardo Coutinho cujo projeto tão exaltado tem origem na aristocrática política paulista do reputado corrupto Ademar de Barros, criador do slogan Rouba Mas Faz, que fundou escola e multiplicou seguidores nas pessoas de Paulo Maluf e Antônio Carlos Magalhães, para citar uns poucos, e que agora ressuscita nesse nebuloso projeto socialista paraibano, cuja atuação vem sendo desvendada e desmascarada pela Operação Calvário.
Por tudo isso e pelo que ainda será revelado pelas investigações das muitas operações que deverão aparecer Ricardo é a incoerência em forma de gente e a hipocrisia em peso-pena pela escassez física, que pouco trabalho dará aos micróbios, quando for para sua última morada.
Então, que venha o coronelzinho de Catolé: as urnas estarão esperando por ele como esperaram por Estela e Cida Ramos.