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Lula chora, fala em Deus e exalta defesa de democracia ao ser diplomado

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (12), ao ser diplomado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que a população reconquistou o direito de viver em democracia. Chorando, Lula dedicou ao povo brasileiro o diploma de presidente eleito. Citou Deus e disse que fará todos os esforços para cumprir com o compromisso de “fazer o Brasil um país mais desenvolvido e mais justo”. (via Folha de S. Paulo)

“Quero pedir desculpas a vocês pela emoção, porque quem passou o que eu passei nos meus últimos anos, estar aqui agora é a certeza de que Deus existe. Sei o quanto custou, não apenas a mim, mas ao povo brasileiro essa espera para reconquistarmos a democracia nesse país”, disse, antes de começar o ler o discurso previamente preparado para a ocasião.

A cerimônia reforça a vitória eleitoral em meio a atos antidemocráticos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na tentativa de reeleição.

Lula ainda afirma que vai terminar de definir a composição do primeiro escalão de seu governo nos dias seguintes à diplomação. Os primeiros nomes, como de Fernando Haddad para comandar o Ministério da Fazenda, foram anunciados na sexta-feira (9).

No discurso, Lula disse que “poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada”. Afirmou ainda que a vontade popular foi colocada à prova, e precisou vencer “obstáculos para ser ouvida”.

O presidente diplomado disse que é preciso “tirar uma lição” dos últimos anos. “Para nunca mais esquecermos, para que nunca mais aconteça”.

Ele afirmou que não abre mão da defesa da liberdade de expressão. “Mas defenderemos até o fim o livre acesso à informação de qualidade, sem mentiras e manipulações que levam ao ódio e à violência política.”

Lula também disse que a eleição marcou a disputa de um projeto de reconstrução do país contra o de destruição, “ancorado no poder econômico e na indústria de mentiras e calúnias jamais vista ao longo de nossa história”.

“Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo”, disse ainda o presidente diplomado.

Sem citar Bolsonaro, o petista declarou que seus adversários ameaçaram instituições e criaram obstáculos para impedir que eleitores chegassem aos locais de votação.

“Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público.”

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