RC de olho: Euller e Nilvan participam de evento político-religioso em Jaguaribe; coronel estaria servindo de ponte entre João e o radialista
Com o pretexto de um evento religioso, e de um louvor pela “pacificação social” e também por uma “cidade que queremos”, um dos pré-candidatos a prefeito de João Pessoa aproveita para sair na frente na disputa pela prefeitura da capital participando de manifestações aparentemente destituídas de conotação política apenas recheada de apelo religioso, mas que serviria para colocar em evidência sua postulação ao cargo de maior importância do município.
Usando a sua condição de híbrido – mistura de comunicador e de político -, o radialista Nilvan Ferreira astutamente vem driblando a legislação eleitoral arrancando na frente dos demais, recorrendo a sua inquestionável popularidade, confirmada pela audiência fantástica dos programas que conduz no Sistema de Comunicação tanto no rádio como na TV, reforçando seu prestígio junto aos muitos segmentos da sociedade com visitas a feiras e participação em eventos religiosos como o da próxima sexta-feira, em Jaguaribe, onde enfeita o elenco de celebridades que participarão da festa.
Que Nilvan dê seus dribles na legislação seria um problema dele e da Justiça eleitoral que, se não proíbe significa que é legal, portanto, o comunicador não deverá ser molestado, mas que o comandante da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, se engaje no processo genuinamente político mesmo que revestido pelo manto da religiosidade, causa estranheza, sabendo-se que o governador João Azevedo sequer decidiu sobre o partido que vai se filiar; e, mais estranho ainda por ser o radialista um feroz crítico do mentor político do comandante o também pré-candidato Ricardo Coutinho.
O coronel não só se fará presente ao evento político-religioso como também está cedendo instituições oficiais do Estado como a tradicional e famosa banda de música da corporação, que estará abrilhantando o encontro desta sexta-feira em Jaguaribe.
Um comportamento que causa questionamentos sobre de que lado estaria o coronel Euler agora enveredando para o apoio explícito a Nilvan como comprova suas gentilezas com o apresentado ao ceder a banda de música e ao comparecer ao planque, cujas características e objetivos políticos só não despertam estranheza na Justiça Eleitoral dormindo de toca e se deixando driblar pela esperteza de raposas astutas como Nilvam até agora solto na campina e penetrando em tudo o que é galinheiro, inclusive naqueles onde estão as galinhas gordas do Governo.
Como são intrincados e surpreendentes os caminhos da política, quem sabe João estaria flertando com Nilvan e mandou na frente o padrinho para oferecer as alianças, já que o coronel é um reputado cabo eleitoral cuja participação em campanhas tem o reconhecimento de muitas lideranças do porte de um Cássio Cunha Lima e de um Ricardo Coutinho.
Comenta-se que, nas campanhas o coronel vira o sete de cabeça para baixo e tira os nove fora com ações que jamais a Justiça desconfiaria como nunca desconfiou até hoje, e se desconfiou faz de conta que não desconfia.
Mas, como o coronel não preza muito pela fidelidade partidária é possível que esteja terraplanando o futuro e veja em Nilvan uma oportunidade de não se afastar do poder provavelmente receoso do que poderá acontecer ao mentor político, em desgraça diante da Justiça, e com amplas possibilidades de tornar-se inelegível para o pleito do próximo ano.
Como seguro morreu de velho quem sabe o coronel não esteja de olho no Comando da Guarda Municipal.
Quem não tem cão, caça com gato.