Moraes libera 220 terroristas com tornozeleira, entre eles o assessor do Cabo Gilberto
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu, até agora, 354 prisões em flagrantes para preventivas, e liberou 220 investigados (com medidas cautelares) de participarem da invasão e da depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da Suprema Corte. Em nota, o magistrado informou que vai finalizar, até sexta-feira, a análise de 1.459 atas de audiências de custódia. Entre os liberados que usarão tornozeleira está o assessor do deputado estadual e deputado federal eleito Cabo Gilberto Silva (PL), Anderson Novais. Ele terá que cumprir outras medidas cautelares, além da tornozeleira: proibição do uso das redes sociais; proibição de ausentar-se da comarca; recolhimento domiciliar no período noturno e fins de semana; obrigação de apresentar-se ao Juízo da Execução da comarca de origem; proibição de ausentar-se do país; entrega de passaportes no Juízo da Execução da Comarca de origem em até cinco dias.
Moraes citou que as condutas são gravíssimas e elencou pelo menos sete crimes (veja quadro). Segundo o gabinete do ministro, os extremistas afrontaram a manutenção do Estado democrático de direito, em “evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão”.
Desde as prisões nos dias 8 e 9 de janeiro, foram realizadas até o último dia 17, sob a coordenação da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 1.459 audiências de custódia, sendo 946 feitas por magistrados do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e 513 por juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).