Investigações sugerem que a organização criminosa de Ricardo contaminou todos os Poderes da PB
Pelos murmúrios avassaladores que infestam os ambientes oficiais muita coisa ainda vai correr por debaixo da ponte por onde passa o caudaloso rio da Operação Calvário.
Se para quem acha que tudo já aconteceu, para essas fontes ainda falta o último e derradeiro furor da Justiça, cuja espada impetuosa estaria pronta para ceifar cabeças do próprio organismo, como também para separar do corpo outras proeminentes cabeleiras que se destacam no mundo da política.
Esses troféus da Justiça podem rolar das prateleiras suntuosas a qualquer momento e pelo menos três já estariam sendo investigados por envolvimento com a máfia comandada pelo ex-governador Ricardo Coutinho, provando como eram vastos seus tentáculos, reforçando assim os indícios de sua tenebrosa influência.
O mundo do judiciário entra com toda força no esquema mafioso desbaratado pela Operação Calvário a começar pela prisão do advogado do ex-governador, Francisco das Chagas Ferreira, e do ex-procurador geral Gilberto Carneiro, e que pode se estender a juízes e desembargadores como se comenta na intimidade das investigações a partir da solicitação da Policia Federal para intervenção do STJ no processo.
As investigações não esbarram na soleira do judiciário – elas avançam direto para a Assembleia Legislativa onde pelo menos uma dúzia de parlamentares teriam bebido no manancial produzido pelo desvio de recursos públicos.
O Parlamento já se entrincheirou na defesa da primeira atingida pelos estilhaços da operação e uma secreta e ágil sessão desmanchou o que meses de paciente investigação levou para levantar provas de que, Estilezabel seria uma das principais peças do esquema criminoso.
Pelo menos quatro deputados já foram citados nas conversas comprometedoras entre Ricardo e o dirigente da Cruz Vermelha, Daniel Gomes, e aguarda-se que pelo menos mais oito sejam citados como beneficiados e contemplados com o dinheiro desviado da Saúde e da Educação.