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João Pessoa inicia vacinação contra brucelose em rebanho bovino na zona rural

A Prefeitura de João Pessoa começou, na tarde desta terça-feira (2), a vacinação contra brucelose do rebanho bovino de criadores da zona rural do município, atendidos pelo programa ‘Eu Posso Semear’. A ação, que é inédita no município, está sendo executada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest). Até a próxima sexta-feira (5), 100 animais devem ser imunizados.

A vacinação teve início pelo rebanho de criadores residentes no Engenho Velho. Ela é feita em atendimento à exigência da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), que em acordo firmado com a Prefeitura, vai garantir 600 prenhez em animais de pequenos criadores do município.

“É uma iniciativa pioneira, que visa preservar a saúde desses animais e torná-los aptos para a inseminação, possibilitando, assim, a ampliação do rebanho”, explicou Vaulene Rodrigues, secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

O criador José Marcos da Silva foi um dos primeiros contemplados pela ação. Ele reside no Engenho Velho há quase 50 anos, mesmo período em que sua família se dedica a criação de gado. “Atualmente, tenho 13 animais. É a primeira vez que a vacinação contra a brucelose acontece aqui, através da Prefeitura. E foi com muita alegria e satisfação que recebemos essa assistência gratuita”, disse.

Doença – A brucelose é uma doença infectocontagiosa de caráter crônico causada por bactérias do gênero Brucella, que acomete diversas espécies de animais e o homem. Sendo uma zoonose de distribuição mundial, acarreta problemas sanitários e prejuízos econômicos importantes. Prezando pelo controle da doença, é obrigatória a vacinação de todas as fêmeas bovina e bubalina, de três a oito meses de idade, contra a brucelose.

“O homem pega essa doença através do contato da saliva do animal ou consumido a carne in natura, sem estar cozida ou assada; ou através do leite não pasteurizado. Diante disso, é também uma doença de importância econômica, pois causa prejuízo a quem manipula esse tipo de alimento”, destacou Isaac Simões, médico veterinário responsável pela aplicação do imunizante.

Parceria – Devidamente imunizados, os animais ficarão aptos a, dentro de um prazo médio de 40 dias, receber a inseminação por parte de técnicos da Conafer. “Eles vão trazer sêmen selecionado, melhorado geneticamente. Os criadores poderão escolher o tipo de embrião, seja de vacas leiteiras ou gado de corte”, explicou Adriano Vasconcelos, diretor de Agricultura Familiar e Pesca da Sedest.

Nessa primeira etapa da imunização, serão atendidos cerca de 25 criadores, selecionados pela equipe do ‘Eu Posso Semear’.

Fotos: assessoria

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