Profissionais alertam para o aumento de fumantes entre jovens
O aposentado Manoel Sérgio, de 73 anos, foi fumante durante 35 anos. Começou a fumar aos 26 e parou aos 38 anos. Ou seja, quando era adulto jovem. Ele foi atendido nesta quarta-feira (31) pela manhã, na entrada do Shopping Tambiá, em João Pessoa, numa ação da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia e Prefeitura de João Pessoa. Recebeu informações sobre os malefícios do tabagismo e verificaram sua pressão arterial. Estava alta: 16 por 10.
Seu Manoel foi orientado a procurar a USF do seu bairro, onde verificará a pressão com frequência e, se for constatado que é hipertenso, será prescrito um medicamento e investigado se a pressão alta tem a ver com o fato de ter fumado por tanto tempo.
Na época em que o seu Manoel fumava, era bastante comum ter fumantes nesta faixa etária e entre jovens e adolescentes. Com o tempo, teve uma redução e, agora, voltou a ter acréscimo com a maior parte de fumantes formada por adolescentes e adultos jovens. “Isso é preocupante porque o fumo afeta a saúde do fumante como um todo e não somente o coração e pulmão”, disse o cardiologista Ibson Cartaxo Braga, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
A coordenadora de tabagismo de João Pessoa, Denise Cunha, também participou da ação. Ela informou que vários serviços da capital, a exemplo de Caps e USF, estão funcionando no sentido de orientar a população quanto a importância de largar o cigarro e sobre os tratamentos gratuitos oferecidos pelo SUS. Ela alertou sobre uma ação que a Prefeitura vai fazer, nos próximos dias, sobre o cigarro eletrônico nos bares da orla de João Pessoa, à noite, com orientação sobre o mal que faz.
O médico Ibson também falou sobre os malefícios do cigarro eletrônico. “Boa parte da culpa da gente ter retrocedido ao passado é devido ao cigarro eletrônico. Quem usa acha que é algo normal porque é bonitinho, parece um relógio, um pen drive e são mascarados por sabores diferentes. Mas fazem mal como todo e qualquer produto que tenha tabaco. Qualquer exibição do ser humano ao tabaco faz mal à saúde”, concluiu.
A técnica do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (NDants) da SES, Vanja Lemos, orienta a todos os 223 municípios a trabalharem nestes dias pontuais nos quais há datas comemorativas. “Cada município faz sua ação de acordo com a realidade local, nas USFs, Caps, fazendo parcerias com escolas, envolvendo alunos e muitas outras possibilidades”, pontuou.
Segundo o Vigitel, uma ação do Ministério da Saúde para monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Pesquisa feita em todas as capitais dos 26 estados brasileiros, por meio de entrevistas telefônicas realizadas em amostra probabilística da população adulta residente em domicílios servidos por linha telefônica.
Na Paraíba ,7,2% da população adulta (acima de 20 anos) são fumantes (2011,112 paraibanos).
Estratificando por sexo: 10,54 % da população masculina (acima de 20 anos) são fumantes:145.704 paraibanos.
E na população feminina (acima de 20 anos), 4,9% são fumantes :145.704 paraibanas.
População da Paraíba acima de 20 anos:2.932.120
População da Paraíba acima de 20 anos (Sexo Masculino):1382.397
População da Paraíba acima de 20 anos (Sexo Feminino):1549.732
Fonte: Vigitel, 2021 e IBGE – Estimativas de População