O que deveria ser uma relação de companheirismo, prazer e alegria, pode aos poucos se transformar em situações de manipulação, humilhação, desconforto e insegurança – sinais claros de um relacionamento tóxico e abusivo. A psicóloga do Hapvida NotreDame Intermédica, Elaine Souza, aponta as principais características dessa relação disfuncional e os sinais de alerta.
“O abusador costuma ser sedutor, então ele oferece muito no início da relação. Ele vai dar tudo que a vítima espera, conquistando-a de todas as formas”, ressalta a especialista, que conta que o processo acontece de maneira gradual, e aos poucos, a pessoa abusiva vai demonstrando seu comportamento em meio a diferentes circunstâncias.
Aos poucos, em situações eventuais, as atitudes tóxicas vem à tona. Críticas exageradas e na frente de outras pessoas, comentários depreciativos, tentativa de controle sobre a vida do outro, chantagem emocional, falta de respeito e ciúmes doentio estão entre os sinais, que aos poucos costumam se intensificar.
“Ao longo do tempo vai se iniciando a violência psicológica sutil, o abusador vai trazendo manipulação, mentira e vai conduzindo aquela pessoa ao processo de vulnerabilidade. Outras violências vão se instalando e a pessoa entra em um ciclo de violência sem que ela perceba”, relata a psicóloga do Hapvida NotreDame Intermédica.
Além da violência psicológica, a violência física também pode estar presente nesse tipo de relacionamento, que desrespeita e anula o outro indivíduo, oferecendo inclusive risco à sua integridade física.
Impacto – Relacionamentos tóxicos têm um impacto negativo na saúde emocional e mental das pessoas envolvidas. Estudos mostram que indivíduos em relacionamentos abusivos são mais propensos a sofrer de depressão, ansiedade, baixa autoestima e estresse crônico.
Na saúde física, o relacionamento tóxico pode causar problemas de sono, distúrbios alimentares e doenças crônicas, como patologias cardíacas e problemas gastrointestinais.