Reconhecimento de Otávio Paulo Neto pela PGR obriga Gaeco revelar quem são os capangas de RC ainda no Governo
A atuação do Gaeco na PB começa render reconhecimento. E um dos frutos mais amadurecidos na luta contra a corrupção sistêmica, instalada no estado pelo ex-governador Ricardo Coutinho, acaba de ter seus esforços e capacidade premiados ao ser nomeado para cargo estratégico na Procuradoria Geral da República: o ainda jovem e talentoso Otávio Paulo Neto, cujo brilho, porém, não se mostrou suficiente para iluminar as trevas que encobrem o aparelho de segurança pública, onde se escondem as ditas forças policiais, tão solenemente ignoradas por todos que lutam para estancar as influências do crime organizado no estado.
Um silêncio e um mistério que se arrastam desde que essas forças sinistras foram delatadas por gente como Leandro Azevedo, Daniel Gomes e Livânia Farias.
Depois de revelada, reconhecida e confirmada pela Justiça à identidade criminosa do ex- governador Ricardo Coutinho considerado chefe de quadrilha e um dos mais perigosos membros do crime organizado no país juntamente com o irmão Coriolano, a decantada política de continuidade tão cobrada ao governador João Azevedo não pode mais ter sequência.
Ou teremos de admitir e consentir que o crime organizado continue impregnando a máquina do Estado e o governador na escandalosa situação de manter capangas da gestão passada na sua equipe, porque quem serve ou serviu ao crime organizado tem que ser chamado de capanga.
Os desdobramentos das investigações aniquilaram o projeto de continuidade tão festejado com o suspeitíssimo slogan de “Segue o Trabalho”, porque as investigações apontam para a indignidade desta convocação e cabe ao governador cuja reputação ilibada lhe impõe a urgente necessidade de extinguir e cortar esses laços tão depreciativos para toda e qualquer gestão que preze, honre e respeite a dignidade no serviço público.
João e o MP não podem fechar os olhos para essa sequência política devastada pela criminalidade e que empresta ao que ainda continua suspeita as mais devastadoras com ranço de cumplicidade com a criminalidade que se arrastou por nove anos, impregnada na máquina do estado e que reluta sair por iniciativa própria agarrando-se as cadeiras como náufrago a tábua de salvação.
Para aqueles que emprestaram sua lealdade e fidelidade ao crime organizado por longos oito anos a plena e justificada desconfiança da sociedade diante de tudo que lhe foi apresentado pelas investigações, provando que havia poucos auxiliares no Governo passado, a maioria constituída de capangas e que procuram se misturar ao novo Governo de forma dissimulada atraindo para sua gravidade o que ainda tem de sadio no sistema.
Esses tentam disfarçar a marca do demônio tatuada na pele renegando o passado sombrio com declarações melosas, em redes sociais, tipo pela “Paz sob o comando de João”.
Esses redutos sinistros continuam estranhamente intocados comprometendo o trabalho exitoso de órgãos como o MP e maculando a imagem da gestão atual.
Eles ainda se comunicam com o passado pelos intrincados caminhos da cooperação oculta preservada pelas relações discretas com facínoras de alta periculosidade como algumas câmaras indiscretas de certas repartições podem confirmar caso sejam requisitadas por autoridades como doutor Otávio Paulo Neto agora com responsabilidade redobrada na missão de limpar a área.
É mais do que certo que a política de continuidade tão exigida deixou como herança para João verdadeiros capangas da organização criminosa que governou o estado por oito anos. (Jampanews)
Coordenador do Gaeco na PB é nomeado para atuar na Procuradoria-Geral da República
A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora tem um paraibano em um dos cargos estratégicos. O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Paraíba, Octávio Paulo Neto foi designado para atuar como membro colaborador do Gabinete do procurador-geral Augusto Aras.
Conforme a portaria, ele está atuando junto à Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise da PGR. A portaria nº 1.350, de 20 de dezembro de 2019, destaca que a nomeação é “sem prejuízo de suas atribuições no Ministério Público do Estado da Paraíba e com ônus para o Órgão cedente”.
A nomeação aconteceu três dias após a deflagração da sétima fase da Operação Calvário, batizada de Juízo Final, que decretou a prisão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), da prefeita Márcia Lucena (PSB), da deputada estadual Estela Bezerra (PSB), além de outros supostos envolvidos no esquema investigado.
A portaria foi publicada na edição do Diário Oficial da União do dia 24 de dezembro de 2019.
Com informações do Blog Donny Silva