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Atendimento ortopédico a crianças com microcefalia no Hospital de Clínicas

O Hospital de Clínicas de Campina Grande, unidade pertencente à rede estadual de saúde, realizou atendimento em ortopedia pediátrica para crianças com microcefalia, neste sábado (19). Na ocasião, os pacientes também foram assistidos por fisioterapeutas. A ação atende a um pedido das mães de crianças com microcefalia acompanhadas pelo Instituto Professor Joaquim Amorim Neto de Desenvolvimento Fomento e Assistência a Pesquisa Científica e Extensão (Ipesq), feito diretamente ao governador João Azevêdo.

Atualmente, os tratamentos estão centrados no Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa, e há uma demanda a ser atendida em Campina Grande. Neste primeiro momento, cinco crianças foram atendidas e o Hospital de Clínicas de Campina Grande continuará atendendo essa demanda também.

A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal. O quadro pode causar danos cognitivos, físicos e motores permanentes.

De acordo com o pediatra ortopédico Pedro Henrique Freitas, o apoio multiprofissional é essencial para crianças com microcefalia. “É muito importante trazer esse atendimento, não apenas para tratar, mas também para prevenir outros problemas ortopédicos”, explica.

Neste sábado, entre os pacientes esteve Maria Gabriela, de 7 anos, que sofreu uma luxação no quadril. De acordo com a mãe da criança, a enfermeira Maria Carolina Flor, a filha irá precisar de uma cirurgia. Ela falou sobre a expectativa com o procedimento. “A gente não está preparado para uma cirurgia, a gente não quer de fato passar por uma cirurgia, mas a gente sabe que é necessário para o bem-estar dela, para o desenvolvimento. Foi mais rápido do que imaginamos então, veio numa boa hora. No momento, certo”, comemora.

Outra acompanhante foi Jailma Lima Ferreira, avó de Ismael Lima, de 8 anos. Ela conta que o neto deixou de andar e acabou encurtando o joelho, e não consegue mais fazer a fisioterapia para o caminhar. “Ele não faz mais fisioterapia em pé, como deveria fazer o passinho. Então, ele precisa urgente de uma cirurgia de joelho. E o desespero da gente era isso. Como fazer essa cirurgia sem condições financeiras?”, expressou

Com o encaminhamento da cirurgia, dona Jailma já está pensando no futuro de brincadeiras do neto e compartilha que seu sonho é andar de bicicleta “Hoje, Ismael só se arrasta pelo chão. Meu sonho maior é ver o meu neto andando com suas próprias pernas”, revela a avó.

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