Nome de militar listado nas anotações de Coriolano mostra o elo entre a quadrilha e o coronel Euller Chaves
O que explodiu ontem nas manchetes sobre espionagem promovida por setores ligados as famosas forças policiais não tem muito de novidade pelo menos para esse portal que há muito denuncia esse esquema de sustentação da organização criminosa montada por Ricardo Coutinho e que utilizava integrantes das Polícias Civil e Militar.
Todo esquema de terror implantado por Ricardo com uso da espionagem, da chantagem, ameaça e intimidação, além da escolta do dinheiro da propina, tinha como respaldo personalidade de destaque na hierarquia das duas corporações.
Uma das razões ou a principal para Claudio Lima não abraçar o projeto de continuidade tão decantado pelos socialistas – que fez o delegado recusar o cargo – seriam essas áreas tenebrosas das quais não teria conhecimento ou não queria ter alertado pelo faro e pela experiência de policial desconfiado sobre o que se praticava nos porões do Governo.
Fontes das mais fidedignas da Secretaria de Segurança informam que Claudio Lima era contingenciado no Governo por Gilberto Carneiro, Livânia Farias, Waldson de Sousa e Euler Chaves para que não tivesse acesso aos detalhes da criminalidade em andamento.
Ele seria um dos monitorados pelo esquema de espionagem amplamente submetido ao comandante geral e foi pressionado permanecer no cargo por receio de Ricardo de que, se saísse detonasse o esquema em razão de sua condição de delegado federal.
O que o Gaeco constata agora é a mesma rede de espionagem, de chantagem e intimidação várias vezes denunciada desse espaço sem consequências.
O estado e suas autoridades foram e continuam sendo monitorados por essa organização criminosa instalada no interior do aparelho policial dirigida e comandada por oficiais de alta patente da Polícia Militar com destaque para o comandante geral.
Descoberta e denunciada agora pelo GAECO a espionagem estatal explica-se o desaparecimento do AIKO e a compra de aparelhos de escutas, modernos e sofisticados, pela Polícia Militar, cuja função constitucional não é de policia judiciária.
As muitas denúncias e suspeitas dessa atividade que vasculhou a vida de autoridades e do cidadão comum com uma desfaçatez que reproduz os regimes totalitários são agora confirmadas pelo Gaeco ao apontar o uso de servidores integrando milícias do Governo do Estado para produzir dossiês contra adversários e até procuradores do Ministério Público.
Recentemente, um desses agentes foi surpreendido em atitude suspeita nas proximidades do gabinete do Secretário de Segurança e a sindicância instaurada caminhando para o arquivamento o que deve ficar impossibilitado diante da devastadora acusação do Gaeco.
A denúncia do Gaeco confirma as atividades desse mundo sombrio e o inquérito produzido para ser arquivado vai ser desmoralizado pelas investigações procedidas, ricas em provas encontradas no escritório do presidiário Coriolano Coutinho, detalhando como funcionava o esquema de espionagem exaustivamente apontando por este portal.
O que se tem de prevenir agora são manobras das patentes mais elevadas da PM e dos cargos da Polícia Civil para não depositarem nas costas dos pequenos a responsabilidade pelo grave crime cometido.
O nome do policial que aparece nas anotações de Coriolano tem uma ligação umbilical com o comandante geral da PM.
Ele usufruía de regalias dentro da corporação por serviços que não eram comuns e que só agora se entende o porquê tantos privilégios.
O primeiro espião trabalhava ao lado do gabinete do comandante geral sob as ordens do chefe dos arapongas que estão sendo agora denunciados pelo Gaeco.
Suspeitava-se que o velho e obsoleto AIKO estava aos cuidados do tenente-coronel Tibério, o que o aprofundamento das investigações deve confirmar mostrando como funcionava o esquema de espionagem agora reconhecido e denunciado.
Por todas essas ligações com o mundo sombrio e criminoso da espionagem ameaçadora e insolente, capaz de enveredar pela privacidade de procuradores do Ministério Público, torna-se insustentável a permanência do coronel Euller no comando da Polícia Militar sob pena da desmoralização plena do Governo e do Governador ou o reconhecimento de que, a criminalidade continua como projeto de Governo.
O militar apontado nas anotações recolhidas no escritório de Coriolano mostra o elo entre o irmão de Ricardo Coutinho e Euller Chaves apontando para a participação efetiva do coronel no esquema de espionagem aos Poderes e as autoridades como foi sobejamente denunciado pelas investigações e que agora dá nome e rosto as ditas forças policiais.