Ampar desmente vereador e diz que Hotel Tambaú não está “jogado às traças”
A diretoria do Grupo Ampar, responsável pelo Hotel Tambaú, emitiu uma nota oficial ontem em resposta à acusação de abandono do hotel levantada pelo vereador Milanez Neto (PV), que, divulgou vídeos do local em suas redes sociais na última quinta-feira e afirmou que o prédio estaria “jogado às traças”. Frente às acusações, o Grupo Ampar afirmou que o hotel não está abandonado e que, atualmente, espera-se uma decisão judicial que determine a propriedade definitiva do local.
Leiloado em fevereiro de 2021, o Hotel Tambaú foi arrematado por uma empresa do Rio Grande do Norte com um lance de R$ 40,6 milhões. Mais tarde, no entanto, o grupo potiguar optou por voltar atrás em sua decisão, o que fez com que o arremate do hotel passasse para o Grupo Ampar, que é paraibano. Apesar disso, a A. Gaspar, empresa responsável pelo lance de R$ 40,6 milhões, entrou com ações judiciais na tentativa de invalidar a arrematação em favor do Grupo Ampar. É por isso que, em nota, o Grupo Ampar afirma que “aguarda uma última decisão judicial para poder se tornar proprietária definitiva do Hotel Tambaú”.
Em resposta às acusações de Milanez Neto, que afirma que o espaço está abandonado e se tornou um ponto para o consumo de drogas, atraindo atividades relacionadas ao uso de entorpecentes, o Grupo Ampar reforçou que, mesmo estando fechado e com obras inativas, o Hotel Tambaú segue sob supervisão. De acordo com a empresa pleiteante da posse do equipamento turístico, todo o terreno do hotel está cercado por tapumes e é monitorado 24 horas por câmeras instaladas no entorno do imóvel. Há, ainda, segundo nota da Ampar, “uma
segurança interna e um grupo de trabalho que todos os dias abre e fecha as dependências do Hotel Tambaú para levantamentos técnicos”.
Com mais de 38 mil m² e 12 mil m² de área construída, o hotel foi erguido nos anos 1960 e, por muitos anos, ficou avaliado como o único cinco estrelas de João Pessoa. Agora, a Ampar afirma estar esperando o aval da Justiça para retomar as obras de reparo necessárias no equipamento turístico (que foi deixado de lado depois da falência de sua antiga dona, a Varig) com o que categoriza como a devida segurança jurídica.
“Pela própria condição que ostenta, pela arquitetura histórica, e o local em que foi construído o Hotel Tambaú, a Ampar deseja que a decisão judicial venha a confirmar o resultado do leilão […], para o início imediato das obras necessárias de recuperação do Hotel Tambaú, que voltará a ser o grande orgulho de todos os paraibanos”, informa a nota.
Carol Cassoli, para o Jornal A União
Foto: Reprodução