Instituto Cândida Vargas: 641 bebês acolhidos no método canguru em 2023
No mês dedicado à prematuridade, o Instituto Cândida Vargas, parte da Rede Municipal de Saúde de João Pessoa, destaca os cuidados dedicados a bebês nascidos antes do previsto. De janeiro a outubro deste ano, 641 recém-nascidos foram acolhidos no Método Canguru, com equipe multiprofissional especializada. A maternidade, referência na Paraíba, intensificou a ação para a 260ª Romaria da Penha, esperando receber mais de 500 mil pessoas.
Coordenadora do Método Canguru no ICV, Euda Aranda ressalta a importância da conscientização sobre o tema, destacando o contato pele a pele como um dos pilares do método. Em evento recente, a maternidade realizou café da manhã, seguido por um Simpósio sobre Prematuridade, abordando temas como Neonatologia, Obstetrícia e Fonoaudiologia.
O contato pele a pele, iniciado imediatamente após o nascimento, mostra-se benéfico para bebês prematuros, contribuindo para a amamentação, estabilização de parâmetros vitais e microbiota saudável. Atividades de humanização, como Hora do Soninho e banho envelopado, são medidas de neuroproteção que garantem o bem-estar dos bebês.
Ingrid Dayane, mãe de um bebê sob cuidados, destaca a gratidão pela atenção recebida: “Aqui é uma equipe que trabalha com o coração”. O Método Canguru busca estimular o aleitamento, reduzir o tempo de internação e fortalecer o vínculo pais-filho. Estudos mostram benefícios, como aumento na quantidade de leite diário e prolongamento do período de amamentação.
Além do aleitamento, o Método Canguru contribui para desenvolver a confiança dos pais no manejo do bebê após a alta hospitalar, aliviar o estresse e a dor do recém-nascido, reduzir possibilidades de infecção hospitalar e aumentar o vínculo familiar. Criado em 1979 na Colômbia, o método visa beneficiar recém-nascidos de baixo peso.