+
GeraisNotícias urgentes

Brasil e Paraíba registram tendências divergentes na luta contra a AIDS

O Brasil tem observado uma queda no coeficiente de mortalidade por AIDS, com uma redução significativa nos últimos dez anos. No entanto, na Paraíba, a situação é inversa, com um aumento no coeficiente de mortalidade e no número de casos, especialmente entre a população negra.

Dados nacionais e da Paraíba

Redução nacional: Em todo o Brasil, houve uma redução de 5,5 para 4,1 óbitos por AIDS por 100 mil habitantes na última década. Em 2022, foram registrados 10.994 óbitos.

Aumento na Paraíba: A Paraíba viu um aumento de 13,5% no coeficiente de mortalidade por AIDS, com um total de 164 óbitos em 2022, um aumento de 37,8% em relação a 2012.

Detecção de HIV: Em 2022, foram notificados 43.403 casos de HIV no Brasil, com a Paraíba registrando 623 casos. A taxa de detecção de AIDS na Paraíba foi de 12,5 casos por 100 mil habitantes, enquanto João Pessoa detectou 24,8 casos.

Desigualdade racial na saúde

O boletim do Ministério da Saúde destaca um aumento nos casos de AIDS entre pessoas negras (pretos e pardos), que representam mais da metade das ocorrências desde 2015. Em 2022, 61,7% dos óbitos foram registrados entre pessoas negras, mostrando uma necessidade crítica de abordar as desigualdades sociais na saúde.

Iniciativas do Ministério da Saúde

Prevenção e conscientização: Campanhas de conscientização como o “Dezembro Vermelho” destacam a importância da prevenção, incluindo o uso da PrEP.

Ações de resposta: Investimentos em testes rápidos para detecção simultânea de sífilis e HIV e a introdução de um novo esquema terapêutico com menos comprimidos diários são algumas das medidas tomadas para combater a AIDS.

Foco na igualdade racial: A obrigatoriedade do preenchimento do campo raça/cor no Cartão Nacional de Saúde é um passo importante para entender melhor os impactos sociais e raciais da doença.

O cenário atual exige uma atenção contínua às disparidades raciais e regionais no combate à AIDS, reforçando a necessidade de políticas públicas inclusivas e eficazes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.