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Especialista da Secretaria Municipal de Saúde dá dicas de como minimizar os efeitos da ressaca

O final do ano reúne um combo de celebrações que, quase sempre, envolve o consumo de bebidas alcoólicas. São 30 dias para confraternizações, encontros de amigos, ceia de Natal, festa de Réveillon… E quem exagera na cerveja ou nos drinks, acorda no dia seguinte na companhia da temida ressaca. Há quem diga, também, que basta beber um copinho para já amanhecer com dor de cabeça. Será que tem receita para se divertir e evitar esse mal-estar no dia seguinte?

Bem, antes de responder a essa pergunta, o médico Felipe Montenegro, que é clínico geral da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz das Armas, que faz parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), explica o que é a ressaca e como a bebida alcoólica em excesso, ingerida em uma só noite, afeta nosso corpo.

“A ressaca é causada pelo acúmulo no corpo de acetaldeído, uma substância tóxica que é um dos produtos da ingestão excessiva do álcool”, esclarece. “Essa toxina fica alojada em vários órgãos. E como o fígado trabalha sozinho para metabolizar essa substância, o processo se torna lento e o corpo pode apresentar os sintomas que conhecemos popularmente como ressaca”, conclui.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são: dores de cabeça, fadiga, enjoos, vômitos, boca seca, dor nos olhos e por todo o corpo, até alterações cardiovasculares, como arritmias. Além disso, o álcool faz com que seja eliminada mais água pelo corpo, podendo o paciente evoluir para um quadro de desidratação.

Para fugir desses desconfortos, segundo o médico, o mais importante é se manter hidratado durante as comemorações. “Tudo em excesso se torna veneno. Então, a recomendação é ingerir bebida alcóolica com cautela, beber bastante água e se alimentar bem, mesmo entendendo que o álcool diminui o apetite”, orienta.

Evitar misturar diferentes tipos de bebidas também é recomendado para quem quiser se livrar da ressaca no dia seguinte. Isso porque, a combinação de bebidas acaba gerando uma maior produção de acetaldeído e, consequentemente, uma demora prolongada em sua metabolização no fígado, fazendo com que os sintomas da ressaca apareçam de maneira mais forte.

A água é a melhor amiga para quem deseja evitar a ressaca. Felipe Montenegro explica que isso acontece porque a ingestão de água está associada à prevenção da desidratação. “Ela será primordial para minimizar os sintomas de fadiga e dores, porque acelera a saída do metabólito do álcool”, comenta.

O médico lembra, também, que estamos num período quente, com recorrentes ondas de calor. Por isso, a ingestão de água se faz ainda essencial para não agravar os quadros de desidratação.

Mas quando é o caso de procurar atendimento médico? Segundo Felipe Montenegro, a pessoa precisa observar como o corpo vai reagir no dia seguinte à ingestão de água e comida. Comer bem e beber água no dia seguinte é fundamental para ajudar o fígado a expulsar o metabólito do álcool.

“Entretanto, caso exista alterações cardíacas, gerando palpitações e desconforto torácico, sonolência excessiva com pouca responsividade, fraqueza generalizada e vômitos incoercíveis sem melhora, procure assistência médica para controle sintomático”, orienta.

Serviço – Nos finais de semana e feriados, os serviços de Atenção Básica, incluindo as USFs, não funcionam, mas os atendimentos urgentes, aqueles que não podem esperar para outro dia, podem ser realizados nas UPAs, que têm funcionamento 24 horas com equipes de plantão para acolher os usuários todos os dias.

Fonte: Secom

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