Forró pode se transformar em patrimônio mundial
Tornar o forró patrimônio mundial. Esta é a luta da paraibana Joana Alves da Silva, presidente da Associação Cultural Balaio Nordeste (ACBN) e coordenadora do Fórum Nacional de Forró. Em dezembro ela esteve em Lisboa, Portugal, proferindo palestra sobre esse assunto durante o festival O Baião Vai. E não para por aí. Ela anunciou ao Jornal A União (matéria publicada neste sábado, 6) que está coletando assinatura em vários países. O documento será entregue ao Iphan, que deverá encaminhá-lo à Unesco.
Essa foi a terceira viagem internacional realizada por Joana Alves para falar sobre a ideia de se lutar pelo reconhecimento do forró como patrimônio mundial. Em abril de 2023 ela esteve em Londres, na Inglaterra; em seguida, na cidade de Lily, na França. “O meu objetivo é visitar cinco países e, em 2024, pretendo estar em outros dois, que são a cidade do Porto, em Portugal, em maio, e a cidade de Hamamatsu, no Japão, no segundo semestre. Em cada uma dessas localidades também recolheu assinaturas. “Até agora, já conseguimos cerca de três mil assinaturas e esperamos chegar ao total de cinco mil assinaturas”, contou ela ao repórter Guilherme Cabral.
Significado do reconhecimento
Joana explica que a partir desse registro, o forró tradicional passa a ser resguardado, valorizado e incentivado, através da sua inclusão nas programações de eventos, como os festejos juninos. “É uma cultura popular presente em vários estados do Brasil e em outros países, levado principalmente por brasileiros que vão morar no exterior. Essa
iniciativa também é importante para empoderar os profissionais que batalham para manter viva as tradições dessa prática, à qual faz parte de suas próprias identidades, além de contribuir para promover outras ações, como a capacitação e fortalecimento das atividades da cadeia produtiva do forró”.
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