Justiça aceita denúncia contra Fiji Solutions e marca audiências para a partir do dia 16 de abril
A UNIÃO
Audiências de instrução com as testemunhas do MPF devem acontecer entre os dias 16 e 22 de abril
A denúncia feita contra os donos da empresa Fiji Solutions pelo Ministério Público Federal (MPF) foi recebida pela 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande nesta segunda-feira (5). Os três réus respondem por crimes contra o sistema financeiro nacional de organização criminosa. A primeira audiência de instrução deve acontecer no dia 16 de abril.
Em abril de 2023, a Fiji teve R$ 399 milhões bloqueados por determinação da Justiça, atendendo pedido do Ministério Público da Paraíba, depois que o órgão estabeleceu um prazo de 72 horas para que os proprietários das empresas Fiji e também a Softbank, que atuam no mercado com criptoativos, efetuassem o pagamento aos investidores lesados, o que não ocorreu.
Bueno Aires José Soares Souza, Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento são responsáveis pelas empresas e foram presos preventivamente durante operação Ilha da Fantasia, desencadeada pela Polícia Federal (PF) em junho de 2023, quando oito mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Atualmente, no entanto, os três respondem em liberdade.
A operação investiga a participação dos réus nos crimes contra o sistema financeiro nacional e de organização criminosa.
Ao aceitar a denúncia, o juiz da 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande, responsável pelo caso, designou, de forma antecipada, as datas das audiências de instrução para “assegurar a celeridade da tramitação da ação penal”, as datas de 16, 17, 18, 19 e 22 de abril para a realização da audiência de instrução.
De acordo com a PF, os investigados captaram recursos de clientes, prometendo pagamento de remuneração expressiva, que seria obtida através de operações de compra e venda de criptoativos e não cumpriram o que foi acordado. A investigação indica que foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente R$ 600 milhões nos últimos três anos.
Texto de Maurício Melo
Foto: Karolina Grabowska/Pexels