Padre Egídio ganha direito a prisão domiciliar, mas com tornozeleira
O padre Egídio de Carvalho Neto ganhou o direito da prisão domiciliar, após internamento em hospital para cirurgia de apêndice, mas terá que usar tornozeleira. Ele estava detido na Penitência Especial do Valentina Figueiredo.
A decisão de converter a prisão preventiva em domiciliar foi do juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, seguindo o parecer do Ministério Público da Paraíba (MPPB). “De acordo com os documentos acostados, Egídio de Carvalho Neto submeteu-se a uma cirurgia abdominal de urgência para retirada de um tumor, esteve internado na UTI do Hospital da Unimed, hipótese que, aliada aos demais problemas de saúde que ele tem, deixam-no na condição de ‘debilitado por doença grave’, havendo previsão legal para o acolhimento do pleito [da defesa]”, justifica o magistrado.
Além da tornozeleira, ele ainda fica impedido de manter contato com pessoas estranhas à defesa processual ou a familiares que residam na mesma casa; fica impedido de se ausentar do endereço no qual estará recluso sem autorização judicial e ainda fica proibido de acessar ou frequentar a ASA e o Instituto São José, assim como manter qualquer contato com colaboradores dessas instituições.
Padre Egídio é acusado pelo Gaeco de desmandos administrativos e financeiros à época em que era o diretor-geral do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA). De acordo com a acusação do Gaeco, ele teria desviado cerca de R$ 140 milhões, tendo mais duas ex-diretoras como cúmplices.
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