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Morre Anouk Aimée, ícone do cinema francês e estrela de “A Doce Vida” e “Um homem, uma mulher”

A atriz Anouk Aimée, um dos grandes símbolos do cinema francês do século 20, morreu nesta terça-feira (18) em sua casa, em Paris. Ela tinha 92 anos, anunciaram seu agente e sua família.

A atriz francesa Anouk Aimée durante um programa de TV em Paris, em 1984
A atriz francesa Anouk Aimée durante um programa de TV em Paris, em 1984 – DOMINIQUE FAGET/AFP

A estrela de “Um Homem, Uma Mulher”, “Lola” e “A Doce Vida”, entre outros clássicos do cinema, “morreu esta manhã”, declarou Sébastien Perrolat, da agência TimeArt. Ela tinha uma carreira de mais de 70 anos, e deu vida a diversas mulheres elegantes nos 74 filmes e séries em que atuou.

Sua filha, Manuela Papatakis, expressou a “imensa tristeza” com a morte da mãe em uma mensagem publicada no Instagram.

“Estava ao lado dela quando morreu esta manhã, em sua casa, em Paris”, afirmou.

Anouk Aimée, cujo nome real era Françoise Dreyfus, nasceu em 27 de abril de 1932 na capital francesa.

Ela era filha de atores, e foi criada em parte por um padrinho e uma madrinha, na fazenda. A convite do diretor Henri Calef, fez seu primeiro filme, “La Maison Sous la Mer”, de 1946, aos 13 anos, de onde tirou o nome Anouk —como era chamada sua personagem.

Anouk Aimée era filha de atores, e foi criada em parte por um padrinho e uma madrinha, na fazenda. A convite do diretor Henri Calef, fez seu primeiro filme, “La Maison Sous la Mer”, de 1946, aos 13 anos, de onde tirou o nome Anouk —como era chamada sua personagem.

Aos 17 anos, sua carreira internacional começou a ganhar impulso, quando atuou ao lado de Trevor Howard em “A Salamandra de Ouro”, de 1949, do britânico Ronald Neame, produtor dos primeiros filmes de David Lean. Em 1955 e 1956, ela esteve em dois filmes alemães, “Tarde Demais para Amar”, de O.W. Fischer, e “Nina”, de Rudolf Jugert. Em 1959, teve um papel pequeno em “Crepúsculo Vermelho”, filme americano de Anatole Litvak.

Ao lado da loira Brigitte Bardot, a morena Anouk Aimée se tornou um dos principais rostos da beleza francesa no exterior. Enquanto uma era uma boneca de biquíni e curvas, a outra era banhada em mistério e elegância.

Nessa época, ela fez dois filmes marcantes com o diretor italiano Federico Fellini. Em “A Doce Vida”, de 1960, interpretou uma burguesa exausta pelo tédio, e em “Oito Meio”, de 1963, viveu uma esposa traída e sorridente.

No primeiro filme de Jacques Demy, “Lola, a Flor Proibida”, de 1961, Aimeé interpretou a heroína que dá nome à produção. Segundo o Le Monde, ela costumava dizer “não sei mais onde começa Anouk e onde começa Lola, onde termina Lola e onde termina Anouk”, mesmo depois de 50 anos do longa.

Em 1966, o cineasta francês Claude Lelouch fez um filme baseado em uma mulher desconhecida que ele encontrou na praia. Quem a interpretou, em “Um Homem, Uma Mulher”, foi Aimeé, no longa em que contracenou com Jean-Louis Trintignant e fez a atriz conquistar de vez sua fama no mundo todo.

Indicada ao Oscar de melhor atriz em 1967, ela foi um dos poucos nomes da história a concorrer a esse prêmio tendo atuado em um filme feito fora dos Estados Unidos. Ela não levou a categoria, mas o “Um Homem, Uma Mulher” ganhou como melhor filme estrangeiro na premiação daquele ano —e na mesma categoria do Globo de Ouro, onde Aimée ganhou como melhor atriz.

Folha/UOL

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