439 anos: João Pessoa é cidade de turismo e de tecnologia
Completando nesta segunda-feira, 5 de agosto, 439 anos, João Pessoa é uma cidade com grande potencial econômico em diversas áreas, com destaque para o turismo e a tecnologia. “Para se ter uma ideia, nós estimamos que só em 2023, o setor de turismo – com toda a sua cadeia que envolve hotelaria, bares e restaurantes, eventos, etc. – movimentou R$ 1,5 bilhão”, afirmou o economista e secretário executivo de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de João Pessoa, João Bosco Ferraz.
“Em termos de quantidade de empregos, as áreas que mais empregam são o comércio, os serviços e a indústria da construção civil. Mas em termos do que traz mais desenvolvimento e tem potencial de crescer, temos o turismo”, explicou.
O presidente da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), Ferdinando Lucena, também ressaltou o desenvolvimento da cidade nessa área. “Neste aniversário de João Pessoa, celebramos não apenas a rica história e a beleza singular da cidade, mas também seu impressionante progresso no setor turístico. João Pessoa tem se destacado como um destino em ascensão, com um desenvolvimento turístico que está impulsionando a economia local e criando novas oportunidades. A cidade se tornou uma das mais procuradas no Brasil, evidenciado pelo crescente número de desembarques no aeroporto”, disse.
Ferdinando também destacou que o poder público tem investido para incentivar o crescimento do setor. “Os investimentos estratégicos do Governo do Estado, como o Polo Turístico Cabo Branco, têm elevado ainda mais o perfil de João Pessoa, reforçando sua posição no cenário turístico. A atuação da PBTur é fundamental nesse processo, promovendo e divulgando o Destino Paraíba e assegurando que João Pessoa esteja nas principais prateleiras comerciais das agências e operadoras de turismo. Esses esforços estão atraindo mais visitantes e incentivando a chegada de novas empresas, gerando um impacto econômico significativo e consolidando a cidade como um dos principais destinos turísticos do país”.
Tecnologia
O secretário João Bosco ressaltou que um setor ainda pouco comentado, mas com grande potencial na capital paraibana é o de tecnologia. “Estimamos que existam 1,2 mil empresas de tecnologia, de portes variados, na cidade, atendendo clientes nacionais e internacionais e empregando cerca de 20 mil pessoas. São pessoas com renda alta, porque esse é um setor com muita demanda e altos salários”, comentou.
“João Pessoa tem uma característica muito forte de ser um ecossistema de base para empresas de tecnologia e se tornou um pólo tecnológico até maior do que Campina Grande”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior da Paraíba, Cláudio Furtado.
O secretário também destacou os investimentos do Governo do Estado no setor com a construção do Parque Tecnológico, “que será um ambiente para empresas nascentes e graduadas, e mentorias”. O secretário citou também os editais Transição Energética, voltado para soluções em energias renováveis; e Economia da Longevidade, voltado a projetos para atender a clientela de 50 anos ou mais.
Também há o projeto “Limite do Visível”, realizado pelo Governo da Paraíba, Universidade Estadual da Paraíba e a Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq). O objetivo é fomentar a formação superior com foco no desenvolvimento tecnológico e na inovação. São bolsas de R$ 1 mil e, buscando incentivar a participação feminina, 50% das vagas são para mulheres. “Esperamos formar 2 mil profissionais até 2027”, afirmou Cláudio Furtado. “João Pessoa é também um polo científico muito forte com as presenças da UEPB, da UFPB e do IFPB”, completou.
Recursos humanos
O professor do Departamento de Economia da UFPB, Paulo Cavalcanti, enxerga outro grande potencial na cidade: os recursos humanos. “João Pessoa é uma cidade de enorme potencial econômico, em áreas diversas e dinâmicas, tais como software, turismo e saúde. Mas em todas estas áreas o principal potencial João Pessoa está nas pessoas”, comentou. Assim como Cláudio Furtado, ele também destacou as presenças de três grandes instituições de ensino superior na cidade, e foi além. “O ecossistema de inovação de João Pessoa conta com instituições como Embrapii, Sebrae, secretarias estadual e municipal de C&T, Associações empresariais de empresas de base tecnológica, uma rica base cultural e criativa e o mais importante: um conjunto qualificado, amplo e diverso de estudantes, profissionais e pesquisadores em todas as áreas do conhecimento criativo, técnico, tecnológico e científico”.
“E isto se estrutura, organiza e dinamiza na forma de diversos complexos econômicos que representam centenas de atividades produtivas, desde a construção civil, a indústria automobilística, rede hospitalar e laboratorial, clínicas, escolas e universidades, turismo, gastronomia, lazer e toda a rede de serviços sofisticados às empresas e famílias, tais como softwares, projetos arquitetônicos, P&D, serviços financeiros, jurídicos e contábeis, comércio, cinema, teatro, shows, etc”, completou.
Para ele, o futuro de João Pessoa está fundamentado em uma estratégia com foco nas pessoas, como origem e como destino do desenvolvimento. “Desta forma a cidade construirá um novo modelo de desenvolvimento, harmônico, promotor do bem-estar e da qualidade de vida e baseado em inovação e sustentabilidade”, atestou.