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Em João Pessoa, população residindo em apartamentos cresceu 150,8% em 12 anos

A moradia em domicílios do tipo casa caiu de participação, mas ainda é predominante, com 57,6% do total dos moradores em domicílios particulares

O Censo Demográfico identificou um predomínio dos domicílios do tipo “Casa”, em João Pessoa, na Paraíba e no Brasil, como um todo. Na capital, do total de 296 mil moradias existentes, 53,6% (158,8mil) é formado por domicílios do tipo casa, 41,3% deles é do tipo “Apartamento” (122,4 mil unidades) e 4,9% é “casa de vila ou em condomínio” (14,4 mil unidades). As categorias “Habitação em casa de cômodos ou cortiço (0,2%) e “Estrutura residencial permanente degradada ou inacabada” (0,02%) eram residuais, não sendo encontrado domicílios do tipo “habitação indígena sem paredes ou maloca”.

A pesquisa de 2022 constatou que, do total de 828,6 mil moradores em domicílios particulares permanentes de João Pessoa, 57,6% (477,3 mil) deles residiam em lares do tipo casa, 37,5% em
apartamento (310,5 mil) e 4,7% (39,2 mil) em casa de vila ou em condomínio. Uma tendência verificada nas últimas décadas foi a elevação de pessoas residindo em domicílios do tipo “Apartamento”. Na comparação entre os recenseamentos de 2010 e de 2022, esse crescimento ocorreu em todas as Unidades da Federação, tendo crescido 150,8% em João Pessoa (passou de 123.838 mil para 310.548 moradores, respectivamente).

Dessa forma, a participação das pessoas desse grupo no total dos moradores em domicílios particulares passou de 17,2% para 37,5%, respectivamente, um crescimento 20,3 pontos percentuais. Por outro lado, a população residindo em casas, em João Pessoa, diminuiu de 561 mil, em 2010, para 477 mil, em 2022, uma variação de -15%. Esses resultados contribuíram para a redução de 20,4 pontos percentuais da participação dessa população no total dos moradores em domicílios particulares permanentes (passou de 78% para 57,6%, respectivamente).

Em João Pessoa, abastecimento de água por rede geral como forma principal de distribuição atingiu 93,5% da população

A pesquisa constatou que a forma predominante de abastecimento de água da população de João Pessoa é a geral de distribuiçãouot;, onde residiam 775 mil pessoas, equivalendo a 93,5% da população residente no município, proporção maior do que a verificada no país (82,9%), no Nordeste (76,3%) e na Paraíba (74%). Apenas 3% dos moradores vivem em domicílios que não possuem ligação com a rede de água (25 mil pessoas). Desse total, 23 mil pessoas utilizam “poço profundo ou artesiano”, o restante utiliza outras formas de abastecimento.

Embora expressem níveis diferentes de qualidade e segurança, as formas de abastecimento de água por rede geral, por poço em suas duas modalidades (profundo ou raso), bem como por fonte, nascente ou mina, são consideradas as quatro modalidades adequadas para fins de monitoramento do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). Em conjunto, essas quatro formas atendiam 96,8% da população de João Pessoa, em 2022, superior à taxa média brasileira (86,2 %), nordestina (80,7%) e paraibana (76,5%).

Em relação à forma como a água chega até o domicílio, o levantamento mostrou que em 294,7 mil domicílios da capital, nos quais moravam 824,3 mil de pessoas, representando 99,5% da população residente, a água chegava “encanada até dentro da casa, apartamento ou habitação”, diretamente em torneiras, chuveiros, vasos sanitários etc., localizados dentro da habitação. Para 0,4% da população, a água chegava “encanada, mas apenas no terreno”. Por fim, para 0,1% da população residindo nestes domicílios, a água não chegava encanada, precisando ser transportada em baldes, galões, veículos ou outros recipientes para uso pelos moradores.

A proporção de habitantes morando em domicílios com água canalizada na capital é maior que a média da Paraíba (88,4%), da região Nordeste (88,8%) e do Brasil (95,1%), sendo a 8ª maior taxa dentre as capitais do país.

Esgotamento sanitário

Nos domicílios onde havia banheiro ou sanitário, o Censo Demográfico investigou o tipo de esgotamento existente. Em João Pessoa, as situações mais comuns foram as de esgotamento sanitário porrede geral ou pluvial” e “fossa ligada à rede", observadas em 208 mil domicílios, atendendo a 69,2% da população de João Pessoa (573,3 mil de pessoas), em 2022. Essa proporção foi superior à média brasileira (62,5%), nordestina (41,2%) e paraibana (47,7%), ocupando a 14ª posição entre capitais.

Além dos 69,2% de moradores pessoenses que eram atendidos por ligação à rede geral de esgotamento, temos 20,2% que dispunham de fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede, 8,6% fossa rudimentar ou buraco, seguidos por esgotamento diretamente em rio, lago, córrego ou mar (1,4%), vala (0,4%), e outra forma (0,2%). Havia ainda aqueles domicílios que não tinham banheiro nem sanitário (0,02%).

A comparação com os dados do Censo Demográfico 2010 permite constatar o crescimento das redes de coleta de esgoto no país: em 2010, registrou-se que, no Brasil, 55,5%% dos domicílios dispunham de esgotamento por rede, expandindo para 64,7% em 2022. Isso ocorreu em todas as capitais, sendo que em João Pessoa, esses valores foram de 56,8% e 70,3%, respectivamente. O Censo Demográfico 2022 constatou também que havia 296 mil domicílios, onde residiam 827 mil pessoas, representando 99,8% da população da capital, morando em domicílios onde existia ao menos um banheiro de uso exclusivo, uma proporção superior à média brasileira (97,8%), do Nordeste (95,3%) e paraibana (96,6%). Por banheiro, entende-se o cômodo com vaso sanitário e instalações para banho (chuveiro, ducha ou banheira).

Coleta direta ou indireta do lixo cresce e atinge 99,3% da população de João Pessoa em 2022 Em relação ao destino do lixo, a categoria encontrada com maior frequência em João Pessoa foi a do lixo “coletado no domicílio por serviço de limpeza”, que atendia 94,6% da população (784 mil de pessoas) e aquele depositado em caçamba de serviço de limpeza (4,7%), que compõem a coleta direta e indireta, respectivamente. Na sequência, havia o lixo jogado em terreno baldio, encosta ou área pública (0,5%), queimado na propriedade (0,2%) e enterrado na propriedade dos moradores (0,02%). As outras formas de destino do lixo correspondiam a menos de 0,07% da população total.

A proporção de domicílios atendidos por coleta de lixo direta (coletado no domicílio) ou indireta (depositado em caçamba) vem aumentando a cada Censo Demográfico. Em 2010, 95,8% dos domicílios da capital eram atendidos por coleta de lixo, percentual que aumentou para 99,3% no Censo Demográfico de 2022. Os resultados, por domicílio, são superiores aos da média brasileira, que passou de 79,3%% para 91,7%, respectivamente.

Quando comparado às demais capitais do Brasil, João Pessoa possui o décimo primeiro melhor índice de coleta de lixo em relação ao percentual de moradores que se beneficiam de coleta direta ou indireta do lixo. Entre as capitais do Nordeste fica apenas atrás de Aracaju (99,6%), com mesmo percentual de Natal (99,3%) e a frente das demais.

 

Informativo IBGE
Foto: Reprodução

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