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Turismo religioso em João Pessoa vai do Centro Cultural São Francisco ao Santuário da Penha

Você sabia que a fé também movimenta o mercado do turismo? É o que se classifica como turismo religioso. E neste item, João Pessoa tem belezas inigualáveis que vão desde o Centro Cultural São Francisco, no Centro Histórico, até o Santuário de Nossa Senhora da Penha. O segmento também encanta pela arquitetura barroca e as histórias de peregrinações que arrastam multidões.

Lembram da família de Carlos Lopes que contamos na primeira reportagem dessa série? A mãe e a irmã dele, Célia Francisco e Mercedes Lopes, respectivamente, também vieram o acompanhando no passeio a João Pessoa e ficaram maravilhadas, especialmente Mercedes, que se encantou com o Centro Cultural São Francisco. “Eu estou achando a cidade maravilhosa, é linda realmente. A gente veio ao Centro Cultural São Francisco, mas já estamos lá na Praia de Cabo Branco. A cidade de vocês é muito bonita!”, exclamou.

Karina Lopes é a sobrinha e estava admirada com a beleza do Centro Cultural São Francisco. “A arquitetura tão antiga é uma coisa que está me fascinando. Eu também gosto muito, então está sendo muito bom conhecer. Aqui é muito agradável”, falou.

Centro Cultural São Francisco – É um dos pontos mais visitados pelos turistas que escolhem João Pessoa. Lá existe um magnífico complexo arquitetônico formado pela Igreja de São Francisco e pelo Convento de Santo Antônio, além da Capela da Ordem Terceira de São Francisco, a Capela de São Benedito, a Casa de Oração dos Terceiros (chamada de Capela Dourada), o Claustro da Ordem Terceira, uma fonte e um grande adro com um cruzeiro, constituindo um dos mais notáveis legados do Barroco no Brasil.

São cinco mil metros de área construída, formada pelo cruzeiro, adro, claustro, convento e igreja. Cada metro quadrado visitado tem uma infinidade de detalhes que ajudam a contar a história de João Pessoa e da chegada da Igreja Católica na região.

A visita ao Centro Cultural São Francisco é acompanhada por monitores e leva a diversos ambientes, permitindo que os visitantes conheçam detalhes da arquitetura, como manifestações artísticas feitas com o uso de muito ouro, mármore e azulejos pintados.

As visitas acontecem de terça-feira a sábado, das 9h às 15h30, e aos domingos das 9h às 14h30. Às segundas-feiras, o local é fechado. A última entrada é permitida 15 minutos antes do horário de fechamento. Os ingressos custam R$ 15 inteira e R$ 7,50 meia entrada.

Santuário da Penha – E João Pessoa tem muito mais para ser apreciado quando se trata de turismo religioso. O Santuário de Nossa Senhora da Penha é um deles e tem ficado cada vez mais conhecido devido a Romaria que todos os anos, no mês de novembro, arrasta milhares de fiéis. E, para além da procissão, tem visitação todos os dias, tanto para quem quer conhecer a religiosidade como para quem quer ver uma bela praia, como conta o morador e pesquisador do bairro, Roberval Borba.

“Pelo menos em torno de 50 pessoas, por dia, visitam o Santuário da Penha e quando faz a contabilidade com a caminhada da Penha, dá mais de um milhão de pessoas visitando. O turismo religioso, diga-se de passagem, é o que mais cresce no mundo e o turismo mais organizado do planeta. É um turismo que não deixa sujeira, educado e traz dividendos tanto para o local onde acontece quanto para o município e o Estado. E tem a praia que por si só é bem visitada, as piscinas naturais, que também é um ponto turístico, atrai muita gente”, destaca.

Outras igrejas – Ainda dentro do turismo religioso, tem a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, na Praça Dom Adauto, um conjunto arquitetônico construído pelos carmelitas composto pela Igreja de Nossa Senhora do Carmo, pelo Palácio Episcopal (antigo Convento Carmelitano e atual sede da Arquidiocese da Paraíba), ambos construídos no século XVI e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), e pela Igreja de Santa Teresa de Jesus da Ordem Terceira do Carmo, datada do século XVIII.

O Mosteiro de São Bento, na Avenida General Osório, segue o estilo Barroco, sendo construído pelos monges Beneditinos e formado pelo mosteiro e a igreja, considerado um dos mais importantes do Brasil. A construção do mosteiro data do século XVII e da igreja do século XVIII, sendo esta tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 10 de janeiro de 1957.

E tem, ainda, a Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, que fica ao lado da Praça Dom Ulrico. A igreja foi construída em 1586 pelos primeiros colonizadores da Paraíba como forma de homenagear Nossa Senhora das Neves, padroeira da Capital da Paraíba. Era uma edificação simples, de taipa, que foi reconstruída nos inícios do século XVII. As obras e reformas seguiram ao longo dos séculos XVII e XVIII.

Na última reportagem da nossa série será a vez de falarmos sobre o turismo de lazer.

Fotos: Quel Valentim

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