João Pessoa: A insegurança exagerada e a verdadeira lisura eleitoral
A solicitação de tropas federais por parte dos três candidatos a prefeito de João Pessoa — Luciano Cartaxo, Marcelo Queiroga e Ruy Carneiro — parece exagerada, considerando especialmente a declaração da juíza Virgínia Gaudêncio e a decisão conjunta dos cinco juízes eleitorais da capital de que a presença de tropas federais não é necessária. O esforço para impor essa narrativa de insegurança pode ser interpretado como uma tentativa de amplificar uma percepção de crise, criando uma atmosfera de medo que favoreça agendas políticas específicas.
O fato de já ter sido aprovado o envio de tropas federais para cidades vizinhas, como Bayeux e Cabedelo, demonstra que o TRE-PB está atento às reais necessidades de segurança, tomando decisões com base em avaliações específicas de risco. No entanto, João Pessoa, de acordo com as autoridades eleitorais, não se enquadra nessa mesma necessidade, o que evidencia que a segurança na capital está sob controle.
A Operação Território Livre é um exemplo claro da ação eficaz das forças locais, como a Polícia Federal, em combater crimes eleitorais. A apreensão de dinheiro e documentos prova que as instituições já estão atuando com firmeza para garantir a lisura do pleito, sem que haja necessidade de reforço de tropas federais. Portanto, o pedido dos candidatos pode ser visto como uma tentativa de politizar uma questão que já está sendo adequadamente tratada pelas autoridades.
Reforçar o pedido de tropas federais sem uma justificativa concreta pode sugerir uma tentativa de minar a confiança no sistema eleitoral local, dando a impressão de que a segurança está comprometida de forma mais grave do que realmente está. Esse tipo de narrativa pode desviar a atenção das verdadeiras questões eleitorais, como propostas e planos para a cidade, e centrar-se em uma agenda de medo que não reflete a realidade.
Fonte: Redação com