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“Guerreiros do Sol”: Pedro Delgado reimagina a masculinidade  nordestina em exposição impactante no Espaço Arte Brasil

Com curadoria de Daniel da Hora, a mostra inédita desconstrói estereótipos do homem nordestino com obras vibrantes e narrativas contemporâneas

No próximo dia 14 de outubro, às 18h30, o Espaço Arte Brasil, localizado no Liv Mall, em João Pessoa, dá início a mais uma nova exposição. Desta vez, estreia a “Guerreiros do Sol”, do renomado artista visual Pedro Delgado. Nascido e criado na capital paraibana, Pedro traz para suas obras uma exploração sensível e poderosa das nuances da identidade nordestina, utilizando a pintura como meio de expressão primordial.
Segundo o próprio artista, a exposição “Guerreiros do Sol” desconstroi estereótipos e revela a complexidade do homem nordestino. Pedro Delgado, inspirado por sua própria jornada entre o Nordeste e outras regiões do país, cria uma narrativa visual que destaca tanto a força quanto a sensualidade masculina, ao oferecer uma visão contemporânea sobre esses corpos frequentemente simplificados pelas representações culturais populares. Com cores vibrantes e formas figurativas, Pedro apresenta o homem nordestino em toda a sua resiliência e vulnerabilidade, propondo uma nova ótica sobre essa masculinidade.
“Guerreiros do Sol” surge como um desdobramento da série “Nordeste é o Mundo”, onde Pedro Delgado já questionava o tradicionalismo exagerado e as visões limitadas sobre o Nordeste. “Nesta nova série, meu foco está no homem nordestino, representado com corpos robustos, trabalhadores e empoderados. A exposição busca ressignificar o estereótipo do “cabra macho” — bruto e insensível — e, em vez disso, apresenta uma figura masculina plural e complexa, capaz de expressar tanto força quanto fragilidade”, detalha Pedro.
A curadoria da exposição, assinada por Daniel da Hora, reforça essa proposta inovadora. “Como curador, meu objetivo foi apresentar ao público uma visão mais ampla e sensível sobre o corpo masculino, rompendo com os clichês de força bruta e resistência que, por muito tempo, definiram essa identidade na arte e na cultura”,  explica Daniel.
O ambiente da exposição foi cuidadosamente planejado para instigar a reflexão sobre as múltiplas vivências masculinas no contexto nordestino. “Quis criar um espaço onde as obras fossem um convite à reflexão sobre o que é ser homem nos dias de hoje, especialmente no Nordeste. A série de retratos e cenas aborda a multiplicidade de experiências e sentimentos, mostrando que o masculino pode, sim, ser sensível, contemplativo e mutável”, comenta Daniel.

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