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Fakes News recrudescem e há indícios de que o Crime Organizado abastece esses setores

Não há limite para essa turma adepta da mentira deslavada que vem infestando o noticiário com informações, as mais cavilosas, aquelas que não resistem aos fatos, refutadas de imediato por farta documentação comprobatória e definitiva apontando com quem está a verdade.

Eles continuam agindo nos bastidores da desinformação a serviço do crime organizado

Tem sido sequenciada e foi crescendo a partir da campanha presidencial quando os metralhas do presidente importaram do estrangeiro a refinada técnica de produção em massa de mentiras e meias verdades difundidas pelo mais moderno e eficaz meio de comunicação dos tempos modernos – a internet, repetindo o que a propaganda nazista abusou de usar como arma de convencimento às massas ignorantes e crédulas.

Aqui, as fakes News encontraram guarida e seguidores naqueles monturos, onde direita e esquerda se confundem e se misturam no ódio insano que dedicam a tudo o que lhes faz objeção.

Alguns expoentes dessa lixeira moral, onde chafurda todo tipo de cafajeste, se sobressaem mostrando que o currículo exuberante, recheado de diplomas expedidos por universidades historicamente consagradas, de nada serviu para moldar-lhe o caráter atrofiado e permissivo, e que lhe marca os passos e lhe distingue como um anátema, algo semelhante àquela que Deus cravou na testa de Cain.

São atrocidades morais que frequentam as cátedras vomitando inveja e despeito e servindo ao que existe de mais deletério e criminoso com a desfaçatez dos miseráveis, dos mesquinhos, dos caluniadores e infames, cujo conceito de honra e dignidade é nenhum.

Mentiras que não resistem aos fatos

Fazem dos títulos e do honrado cargo de professor plataforma para chegar à altura que a bajulação exige para o ato vil de melhor lamber os pés dos poderosos.

Não se acanham de rastejar na baba da adulação e de se entregarem de corpo e alma ao exercício asqueroso de incensar quem perdeu a dignidade surpreendido em confabulações tenebrosos para desviar recursos do erário.

Frequentam os ambientes mais seletos da Educação, fazem uso do diploma e do título para ensinar as gerações mais novas a arte de se desintegrar moralmente, de desidratar a ética e esmaecer os valores básicos da Democracia, numa demonstração de cinismo que comprova toda confiança na organização criminosa que lhe patrocina e lhe projeta no mundo tenebroso do crime organizado, confirmando que essa influência maléfica não se restringe apenas aos Poderes, pois já invadiu também as instituições de Ensino.

Uma enxurrada de mentiras a poluir o noticiário

Quando o despudor se manifesta com tanta liberdade na cátedra e dela se serve para difundir o crime e atacar as pessoas de bem impunemente chegou a hora de se rever certas decisões judiciais, que propiciaram uma sobrevida ao expoente maior da organização desbaratada ainda forte e influente, insolente ao ponto de transformar educadores em pistoleiros verbais.

Agora, as nulidades que prosperam:

No outro extremo, as nulidades pululam e se cevam na ignorância aproveitando os espaços que lhe são concedidos para destilar o veneno herdado das cobras, que o pariram, e assim prestar vassalagem ignóbil à truculência entrincheirada em mandatos eletivos.

A toda hora e a todo instante a mentira é o prato de resistência dessa gente

Produtos da subcultura, emissários de tragédias cotidianas, arautos de desgraças e sordidez, sobrevivem da dor e do sofrimento, da humilhação e do descaso para com os desfavorecidos, ganhando notoriedade e o pão de cada dia com as lagrimas do próximo.

Para esses, o desprezo e o engulho que a decomposição provoca. Não merecem nada nem mesmo a piedade.

Abaixo transcrevemos matéria do Jornal  El País sobre o tema:

Movimento expõe empresas do Brasil que financiam, via anúncios, sites de extrema direita e notícias falsas

Inspirada em modelo dos EUA, versão brasileira da conta Sleeping Giants alerta companhias sobre publicidade em páginas que ajudam a propagar a desinformação. Banco do Brasil, Dell, O Boticário, Submarino e Telecine retiram propaganda

Com o intuito de minar a sustentação econômica de sites e canais ligados à extrema direita, o movimento Sleeping Giants, nascido há quatro anos, nos Estados Unidos, fincou bandeira em solo brasileiro no último domingo. Após ler uma reportagem do EL PAÍS sobre o perfil no Twitter que desidratou a publicidade online dos principais influenciadores ultraconservadores norte-americanos, o mentor que se apresenta como um estudante que desenvolve pesquisas a respeito de fake news decidiu criar uma conta em português para difundir prática semelhante no Brasil: alertar empresas de que seus anúncios aparecem em conteúdos pouco confiáveis, associados a notícias falsas e desinformação, e alimentam o financiamento de páginas extremistas.

“Sempre pensei em formas de combater notícias falsas, mas nunca havia encontrado uma eficiente”, diz o administrador da versão brasileira, que, em apenas dois dias, ganhou mais de 20.000 seguidores. “Até que descobri essa maneira simples de aplicar usando a desmonetização.” Por questões de segurança, ele prefere não se identificar e celebra ter obtido aval dos precursores do Sleeping Giants para replicar a iniciativa. Seu fundador na matriz, o publicitário Matt Rivitz, recebeu ameaças de morte depois de um site conservador revelar sua identidade.

Enquanto a conta original norte-americana se define como “um movimento para tornar o fanatismo e o sexismo menos lucrativos”, o perfil adaptado ao contexto político brasileiro pretende “impedir que sites preconceituosos ou de fake news monetizem através da publicidade”. Em pouco tempo de atuação, o Sleeping Giants Brasil já conseguiu que pelo menos seis empresas se comprometessem a revisar políticas de anúncios via Google após serem alertadas de que suas marcas estampavam a página Jornal da Cidade Online. Em 2018, o site disseminou notícias falsas e informações distorcidas a favor da campanha de Jair Bolsonaro, como um artigo insinuando que, no segundo turno da eleição, Ciro Gomes teria se decidido pelo voto no candidato de extrema direita.

Agências de checagem como a Aos Fatos atribuem outras fake news à página, que atualmente tem se dedicado a atacar governadores que apoiam as medidas de isolamento social no enfrentamento à pandemia de coronavírus e, em sintonia com as redes bolsonaristas, utiliza dados imprecisos para defender a eficácia (não comprovada por estudos científicos) da hidroxicloroquina no tratamento da doença. O Jornal da Cidade Online exibe anúncios por meio do sistema de publicidade digital desenvolvido pelo Google.

Um dos anunciantes expostos no Sleeping Giants Brasil que aparecem no site é o Telecine, primeiro a manifestar publicamente a intenção de retirar sua propaganda da página alinhada à extrema direita. “Somos totalmente contra a disseminação de fake news e precisamos, juntos, combatê-la”, expressou o perfil do canal fechado ao assumir o compromisso de analisar todos os portais que veiculam seus anúncios. “Restringimos e estamos sempre atentos para não estarmos em sites questionáveis voltados à disseminação de fake news, difamação e linguagem grosseira, conteúdos sensacionalistas e chocantes e propagação de mensagens de ódio”, afirma o Telecine. “As restrições que incluímos diminuem drasticamente a probabilidade de termos nossas campanhas veiculadas em sites contrários às nossas políticas, e o trabalho dos nossos times é incansável para corrigir eventuais falhas que possam ocorrer com mídias automatizadas.”

A Dell, que também aparece em banners exibidos pelo Jornal da Cidade Online, atendeu à solicitação do Sleeping Giants Brasil. “Assim que recebemos essa informação, solicitamos a retirada dos anúncios automáticos. Repudiamos qualquer disseminação de notícias falsas.” Em nota enviada ao EL PAÍS, a empresa de computadores diz manter parceria com a DoubleVerify, serviço que mede a efetividade das entregas de anúncios, para monitorar suas campanhas publicitárias, além de possuir “uma extensa lista de negativação de sites de fake news e com conteúdo duvidoso, que é constantemente atualizada”.

Nesta quarta, o Submarino afirmou ter bloqueado anúncios no Jornal da Cidade Online e estar tomando providências para barrar sites semelhantes. “Caso vejam mais outro caso, podem me mandar, tá? Obrigado por avisarem!”, postou o perfil da empresa. O Banco do Brasil também comunicou a retirada de propagandas do site, repudiando a divulgação de fake news, o que gerou reação do vereador Carlos Bolsonaro. O filho do presidente criticou a decisão da entidade e saiu em defesa do Jornal da Cidade Online. “Marketing do Banco do Brasil pisoteia em mídia alternativa que traz verdades omitidas. Não falarei nada pois dirão que estou atrapalhando…”, comentou o vereador do Rio de Janeiro.

Outras grandes empresas e marcas como O Boticário e Samsung são citadas por seguidores do Sleeping Giants Brasil entre anunciantes do Jornal da Cidade Online, que tem o topo da página preenchido por um anúncio fixo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS). A reportagem do EL PAÍS ainda identificou anúncios da Polishop no site. Segundo o marketing da empresa, a propaganda exibida se baseia na ferramenta de display do Google, que rastreia sites recentemente visitados por usuários ao direcionar anúncios. O TCE-MS não respondeu aos questionamentos enviados ao órgão.

Em nota, a Samsung afirma aplicar o bloqueio padrão a sites que propagam desinformação e que revisa constantemente seus anúncios automáticos para aprimorar as inserções. “A Samsung reforça seu compromisso ético com a transparência e reitera que não compactua com a disseminação de notícias falsas”, escreve a empresa de tecnologia, que não especificou se o Jornal da Cidade Online se encaixa em seus parâmetros de páginas que deveriam ser bloqueada.

Já O Boticário informou que incluiu o Jornal da Cidade Online em uma lista de sites vetados em campanhas online, identificados como páginas tendenciosas ou de conteúdos sensíveis a exemplo de álcool, drogas e violência. “Quando percebemos algo que passou despercebido, incluímos imediatamente na lista de bloqueios”, diz a marca de beleza. “Nossos parceiros são escolhidos de acordo com o perfil do nosso consumidor, somado às especificidades da mensagem que queremos passar. E grande parte da entrega do Google é pautada em mídia programática, pois foca nos usuários, e não no anunciante.”

Sistema permite vetar sites e canais específicos

Mídia programática é uma das maiores fontes de receita de sites e influenciadores de extrema direita. A ferramenta proporciona aos anunciantes a compra de espaços publicitários de acordo com dados de usuários da internet, enquanto produtores de conteúdo recebem por visualizações e cliques em anúncios exibidos em suas páginas. O serviço é oferecido por plataformas como Facebook e Google, desenvolvedor do Adsense, um dos meios de publicidade mais populares do mercado. Entre seus filtros de controle, as empresas podem evitar que anúncios sejam veiculados para determinados grupos de pessoas, em conteúdos peneirados por palavras-chave ou até mesmo em páginas específicas negativadas pelo anunciante.

“Entendemos que os anunciantes podem não desejar seus anúncios atrelados a determinados conteúdos, mesmo quando eles não violam nossas políticas”, afirma o porta-voz do Google. “Temos políticas contra conteúdo enganoso em nossas plataformas e trabalhamos para destacar conteúdo de fontes confiáveis. Agimos rapidamente quando identificamos ou recebemos denúncia de que um site ou vídeo viola nossas políticas.” De acordo com a empresa, somente em 2019, mais de 21 milhões de páginas tiveram anúncios retirados e 1,2 milhão de contas foram encerradas por desrespeitar as regras da plataforma.

Em seu perfil, o Sleeping Giants Brasil ressalta que, devido ao sistema de anúncios em larga escala, “a maioria das empresas não sabe que está financiando esse tipo de mídia [de extrema direita ou propagação de fake news], então buscamos conscientizá-las”, em vez de promover campanhas de boicote às marcas, para que retirem propagandas de conteúdos sensacionalistas e, consequentemente, os desmonetizem. No YouTube, que também é gerido pelo Google, a reportagem identificou mais ações de publicidade exibidas em canais ultraconservadores.

Uma campanha da Mastercard, estrelada chef de cozinha Alex Atala, precede o início de vídeos do canal O Giro de Notícias (GDN), com mais de 1 milhão de inscritos. Em publicações recentes, o apresentador bolsonarista Alberto Silva se concentra em incitar manifestações pelo fim do Congresso e do STF, além de minimizar o impacto da pandemia no país. No último dia 6 de maio, ele subiu um vídeo com o título “Urgente – Descoberta a cura do Covid-19”, em que repercute matéria do Estadão sobre uma pesquisa holandesa em torno de um anticorpo com potencial para neutralizar o coronavírus. Embora leia a parte da notícia que destaca a necessidade de mais testes antes de certificar a eficácia do anticorpo em seres humanos, Silva trata o estudo como “cura”, além de identificar a repórter que assina a matéria como cientista. Em 2017, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que um site mantido pelo influenciador retirasse do ar uma notícia que atribuía afirmação falsa ao cantor Gilberto Gil.

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