Política

Motta se queixa a aliados de repercussão de fala sobre 8/1 e promete fugir de polêmicas

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), queixou-se a aliados nos últimos dias sobre a repercussão de sua fala a respeito dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Em entrevista em João Pessoa, no início do mês, Motta disse que o episódio foi uma “agressão inimaginável”, mas não que não o via como uma tentativa de golpe de Estado.

Segundo matéria publicada no site da Folha de S. Paulo, nesta terça-feira, o presidente da Câmara afirmou em um almoço a um grupo de aliados de partidos variados, do PL ao PT, que as pessoas que o criticaram esqueceram que, na mesma entrevista, ele negou a possibilidade de fazer processos de impeachment contra o presidente Lula (PT) avançarem. Ainda segundo participantes do almoço, Motta reforçou que tem compromissos “com os dois lados” e que não irá atrapalhar o governo em nada, mas que tem opiniões pessoais acerca de temas.

Um deputado que estava no encontro diz que o presidente da Câmara reforçou que decisões de pauta de plenário serão tomadas de forma coletiva, ouvindo os líderes partidários.

Além disso, Motta agora pretenderia focar uma agenda propositiva à frente da Casa. A avaliação é de que é preciso buscar uma agenda de consenso, que fuja de assuntos da polarização. A sinalização da parte dele, segundo aliados, é que este não é o momento de pautar o temas polêmicos, como o PL da Anistia, que isenta do cumprimento de pena os condenados pelo 8 de janeiro.

Como a Folha mostrou, bolsonaristas passaram a usar a declaração do próprio Motta para buscar mais apoio para o projeto de lei.

Além disso, esse grupo ampliou a pressão, levando ao encontro de Motta a família de um dos presos de 8 de janeiro. O encontro ocorreu, mas não houve nenhum registro de imagem. Descobriu-se depois que o motorista de carreta condenado a 14 anos de prisão, que era usado como exemplo por esses parlamentares, está foragido da Justiça desde o ano passado.

Leia matéria completa AQUI.

 

Fonte: Folha/UOL

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

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