Ricardistas e bolsonaristas se unem para desacatar governador na porta de casa
Ricardista e bolsonaristas uniram-se ontem, domingo, para promoverem uma baderna na porta da residência do governador João Azevedo, nos moldes da anarquia promovida na frente do STF, também no domingo, com a participação do presidente, que abandonou o recato do cargo e foi às ruas liderar manifestações, que atentam contra as instituições democráticas.
Na frente da Granja Santana ficou claro que essas forças reacionárias, retrógadas e truculentas, almejam o confronto, em batalhas campais, ao estilo das gangs de ruas, visível na agressividade da linguagem insultuosa, que objetiva desmoralizar a autoridade governamental e cuja afinidade pode ser identificada no discurso uníssono das Saras Winter da aldeia tabajara, onde se assemelham pela oratória frívola em louvor ao que existe de mais devasso do ponto de vista político e ideológico.
Não foi uma manifestação pacífica, que engrandece e enobrece as democracias: foi antes de tudo um ato de primarismo, que caracteriza as manifestações dessa turba, que veste o amarelo, porque se identifica com a pouca vergonha que ostentam na cara.
Faltando apenas os capuzes da Klu Kluz Klan para identificar melhor o produto deteriorado de suas convicções políticas, respaldadas no ódio e na discriminação com que norteiam suas vidas, símbolos da estupidez e da brutalidade que envergonha até hoje os americanos pela insanidade que levou ao trucidamento das minorias negras no país, e que ceifou a vida de homens insignes como Martin Luther King.
Essa gente se move pelo anonimato que as aglomerações oferecem e atendem muito mais a interesses subalternos de espertalhões, manobrando nos gabinetes do ódio, no intuito de colher vantagens que a normalidade democrática não oferece pelo contrário atrapalha e obstrui.
É uma mistura de milicianos e gangsteres, alguns receosos que os braços da Lei os alcancem com certa brevidade e por isso se empenham em destruir a Justiça.
O que faltou ontem foi a receita de Ciro Gomes para essa canalha: pau e bala de borracha no lombo.