Vereadores de Conde enterram a moralidade e preservam Márcia no Poder
Cada povo tem o Governo que merece e o arquivamento do processo de cassação da prefeita de Conde Márcia Lucena é um perfeito exemplo de como a moralidade deixou de pesar nos conceitos daquele município devastado por tantos escândalos ao longo de sua emancipação.
O Conde é um laboratório pronto e acabado do que existe de mais nefasto na política desse país, onde as leis e os bons costumes se amoldam e se inclinam à convivência pacífica e tolerante com o que existe de mais deprimente em termos de moralidade pública; e os seus mandatários podem transitar tranquilamente mesmo que estigmatizados por vistosas tornozeleiras, adorno que substitui, nos tempos modernos, aquelas bolas de ferro atreladas aos calcanhares dos infratores da Justiça e que, por seus atos criminosos, mereciam o repúdio social.
Nada disso pesa mais no conceito dos representantes políticos daquela cidade tão acostumados meter a mão nos recursos públicos e tão acostumados cevar no seu entorno aquelas matilhas, a proclamarem entusiasticamente a inocência de seus adestradores movidos pela estupidez que caracteriza os imbecis e que também adorna os oportunistas, indiferentes as questões morais desde que a barriga seja satisfeita.
Esse cenário, que enfeita e prospera na paisagem paradisíaca do Conde, explicaria essa vocação nata para a imoralidade e a indecência onde reputados ladrões comandam a festa e o botim aos cofres públicos, sem serem admoestados por quem devia brecar suas investidas, e terminam por dar respaldo a criminalidade rasteira como fizeram de forma escancarada os vereadores de Conde apresentando um resultado sobre o processo de cassação da prefeita que terminou por deixar tudo como dantes no quartel de Abrantes, favorecendo a corrupção deslavada que permanece dando as cartas nos terreiros, onde quilombolas e tabajaras podem continuar mamando nas tetas da vaca leiteira, entoando aquele alarido de quem recebe para soltar rojões.
É deprimente se assistir as inversões de valores que ganhou espaços e defensores na cidade de Conde e ouvir nas redes sociais conclamações de figuras carnavalescas intituladas ativistas políticos, uma atividade recente onde os predicado exigidos para exercê-la são apenas a servidão plena e a total ausência de escrúpulos para poder sair em defesa do indefensável e reunir em torno de cruzadas políticas meia dúzia de gatos pingados, que possam justificar o que abocanham desse festim com verbas públicas.
Esse tipo de ativista tem o perfil dos forasteiros, que chegam e querem impor sua ótica atrofiada sobre os bons costumes, e costumam tirar proveito do sotaque estridente, peculiares aos morros, e da ignorância local para dar rumo a uma vida quase sempre de incertezas e atribulações e que encontrou na cidade e no esquema político, em voga, reduto para seus projetos pessoais, agindo como as cobras que destruíram a glória e a paz do Jardim do Éden bíblico.
Para esses, tudo indica, ainda servem a chibata e a macaca de couro.
Câmara de Conde arquiva, finalmente, processo de cassação de Márcia Lucena
Com cinco votos a favor, cinco contra e a abstenção do presidente da Câmara, parecer é o terceiro favorável à gestora
A Câmara de Conde decidiu pelo arquivamento do processo que trata do impeachment da prefeita do município, Márcia Lucena (PSB). A votação aconteceu durante sessão realizada nesta quinta-feira (18). Foram cinco votos a favor e cinco contra, mas seriam necessários oito para dar continuidade.
Essa é a terceira vez que a prefeita tem parecer favorável. O presidente da Casa, Carlos André de Oliveira, conhecido como Carlos Manga Rosa (MDB), se absteve da votação. Conforme ele, a decisão é para mostrar que não é golpista e que está no cargo para fazer a coisa certa.
O presidente da Comissão Processante da Câmara, vereador Severino Rodrigues (PR) votou pelo arquivamento e afirmou que todo o processo de investigação, que consta no relatório, foi feito dentro das medidas legais.
“Seguimos todos os trâmites legais que diz a lei quando fizemos o relatório, mandamos ao plenário pedindo o arquivamento do processo, mas ficou decidido pelo plenário que o processo continuasse. Respeito cada parlamentar, mas acompanho o voto do relator pela improcedência”, justificou.
O relator do caso, Irmão Cacá (MDB) também votou pela improcedência, acompanhando a decisão do presidente.
O parlamentar Juscelino Araújo (Cidadania), membro da Comissão Processante, manteve o voto pela prosseguimento do processo.
Cinco vereadores votaram para o arquivamento do processo. São eles: Luzimar Nunes (PSB), Naldo Cell (PSB), Pinta do Gurgi (PSB), Flávio Melo (PSB) e Ednaldo Barbosa (PT).
Cinco votaram para a cassação de Márcia. São eles: Daniel Junior (Cidadania), Malba de Jacumã (DEM) , Josélio Jogador (PROS) Juscelino Araújo (Cidadania) e Adriano Ferreira (PROS).
Redação com portais