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Pesquisadores da PB estudam efeitos de plantas contra a Covid-19

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) procuram evidências da eficiência de um remédio natural no tratamento da Covid-19. O estudo, realizado no campus de Bananeiras, Agreste do estado, busca compreender se o uso concomitante e/ou preventivo de plantas medicinais e aromáticas podem interferir na transmissão e no quadro clínico antes, durante e após a infecção pelo novo coronavírus.

A ideia é encontrar evidências para criar um remédio natural que amenize os sintomas, melhorando o quadro sintomatológico ou diminuindo os efeitos maléficos do vírus, estimulando a imunidade do paciente e eficácia no combate à doença.

De acordo com o orientador do estudo, Marcos Barros, se encontrados, os indícios serão apresentados à comunidade científica, aos governos e à sociedade, a fim de formular estratégias para o emprego de plantas medicinais e aromáticas no enfrentamento da enfermidade.

“Essas estratégias poderão resultar em alguma medida comunitária concreta que sirva para mitigar os efeitos maléficos da doença, evitar mais transmissões, reduzir os impactos do surto e apoiar medidas de controle”, diz Marcos Barros.

A pesquisa é fruto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Roberta de Lima, do curso de Ciências Agrárias. “Visamos outras alternativas para o tratamento da Covid-19, como o uso de fitoterápicos. Ou seja, queremos saber qual o tipo de planta e formulação foram usados e se houve alguma melhora depois do uso”, explica a pesquisadora.

Os resultados da pesquisa poderão ser centrais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). “Poderemos conceber tratamentos por meio do Programa Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), que trabalha com técnicas que envolvem a fitoterapia, acupuntura, aromaterapia, homeopatia, entre outras etnociências que são importantes para o desenvolvimento de remédios e de cura de muitos males humanos”, argumenta o orientador Marcos Barros.

Participação popular
Qualquer adulto brasileiro pode contribuir com a pesquisa. Basta preencher e enviar o questionário disponibilizado pelos pesquisadores na internet. O questionário reúne perguntas sobre a história de vida, saúde, hábitos e o uso ou não de plantas medicinais e aromáticas. O objetivo é agrupar pelo menos mil respostas.

Segundo os pesquisadores, quanto maior o número de voluntários por estado, maior será a segurança e fidelidade das informações coletadas com a realidade, permitindo, assim, um nível de garantia estatística e menor margem de erro.

Metodologia
A pesquisa será feita durante o mês de julho. Antes de empreender alguma análise detalhada, serão verificadas a consistência e a integridade das respostas. Serão comparados o grupo de pessoas infectadas e não infectadas pelo novo coronavírus.

“Esperamos que nossa pesquisa resulte em informações significativas e que motive a realização de trabalhos científicos de base, no âmbito da iniciação científica e da pós graduação”, diz Marcos Barros.

O estudo está sendo realizado no Laboratório Clínica Fitossanitária e Etnomedicina, que desenvolve pesquisas para o desenvolvimento de produtos defensivos naturais para plantas e animais e preparados homeopáticos como fitoterápicos para o uso humano em comunidades rurais.

Também participam do estudo os pesquisadores Natanaelma Silva, Maria Veronica Lins, Elisandra Ribeiro, Viviane de La Rocca e Renata da Silva.

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