Paulinho de Zié pretende implantar um plano de desenvolvimento para agricultura familiar como forma de fortalecer o setor em Itaporanga
Será desafio para o próximo prefeito de Itaporanga fortalecer setor agrícola e o tema pautou conversa do pré-candidato Paulinho de Zié (Cidadania) com o blog, nesta segunda (13), quando propôs a implementação de um plano de desenvolvimento para o agronegócio e a agricultura familiar como forma de alavancar o setor. A ideia é reunir várias secretarias com objetivo de definir, com técnicos agrícolas e representantes do setor rural, medidas reforçar produção e melhorar infraestrutura.
Ele tem conhecimento das dificuldades que vivem o homem do campo tanto que no seu plano de governo constam projetos voltados ao desenvolvimento da zona rural. Há necessidade de construção de passagens molhadas ao menos em dez comunidades: Varginha, Saco do Pinto, Cachimbo, Paraná, Emas… esta última, por exemplo, concentra maioria dos produtores de leite da região. Sem falar nas condições precárias das estradas vicinais. Ele defende a adoção de um programa denominado ‘Caminhos do Campo’ com ações como abertura e conservação de estadas.
O objetivo é melhorar o escoamento da produção, reduzir os custos, perdas dos produtos perecíveis, facilitar a mobilidade da comunidade, aumentar fluxo de visitantes, desenvolver o agroturismo… “Será um avanço na infraestrutura rural. O produtor não deve ficar implorando por estradas boas, a final, como contribuinte ele tem direito à elas”, disse. Paulinho de Zié destacou a importância da produção leiteira local, da piscicultura, da meliponicultura (criação abelhas sem ferrão), além de culturas tradicionais.
Escola Técnica Agrícola e Parque de Exposições
Paulinho de Zié diz que lutará junto ao governo estadual pela implantação de escola técnica agrícola aproveitando a estrutura da fazenda experimental do Veludo. E buscará parcerias para construção de um Parque de Exposições, numa área de oito hectare, transformando o setor: “Pelo seu dinamismo e pujança já era pra Itaporanga ter um equipamento dessa envergadura”, fala. Pretende adquirir nova patrulha mecânica com tratores para auxilio no corte de terra, a ser feito com planejamento. “Muitos agricultores ficaram prejudicados esse ano por falta de planejamento”, lembra. Outra medida é capacitação dos agricultores para trabalho com novas tecnologias e equipamentos que podem aumentar bastante a produtividade de suas propriedades.
Paulinho de Zié diz que vai incentivar a parceria entre agricultores para que possam trocar não apenas experiências bem-sucedidas entre si, como também mudas, sementes, filhotes e matrizes. Ainda na infraestrutura, construir açudes, barreiros e, em sistema de parcerias, cisternas na comunidades rurais. “Vamos minimizar os efeitos de longas estiagens na vida de quem mora no campo”, pontua.
Local adequado para a Feira do Gado e entrega do Matadouro Público
Sobre a feira do gado, reivindicação antiga de marchantes e criadores, ele pretende alocá-la em um local com instalações adequadas e apoio técnico. E quanto ao tão prometido matadouro público, cuja construção se arrasta há cerca de 12 anos, ele diz que seria vergonhoso cometer mesmos erros: “É dever entregar essa obra em seis meses”, afirmou.
Paulinho de Zié vai buscar parceria junto ao Governo do Estado, via Empaer, para instalações de agroindústrias de queijo, doces, bolos, polpas de frutas diversas, entre outras, iniciativa presente em vários municípios onde a empresa realiza cursos de Boas Práticas de Fabricação de Alimentos (BPF) para 1.250 agricultores, principalmente aqueles fornecedores de programa como Pnae e PAA.Fortalecer a agricultura familiar será um dos pilares a ser seguido com ações que atendem produtores rurais, trabalhadores e jovens nas áreas produtivas, com foco na agricultura, pecuária, gestão da propriedade, cooperativismo, as quais o pré-candidato tem entusiasmo em falar por tratar da valorização do homem do campo.
Incentivo a produção de algodão orgânico
Cita a possibilidade de incentivar pequenos e médios produtores rurais no projeto “Algodão Paraíba” que trabalha produção de algodão orgânico consorciada com culturas como milho, fava, sorgo, feijão e palma forrageiras, garantindo ainda alimentação de rebanhos em épocas de estiagens. Ao participar do projeto o homem do campo recebe terra cortada, sementes selecionadas, sacaria e transporte para escoar a produção até a usina onde será processada a rama do algodão.
Sobre a comercialização, explicou que a indústria têxtil além de garantir a logística de beneficiamento das sementes pode assinar contrato de compra ainda no início da plantação. O algodão produzido na base da pesticida foi comercializado no início do ano ao preço de R$ 1,40 o quilo, ao passo que o orgânico chegou a ser vendido a R$ 2,40. “Isso significa que o agricultor, mesmo antes de colher a safra, já sabe quanto vai ganhar”, observou.
“Devemos olhar com mais atenção para a base com o fortalecimento da agricultura, do agronegócio, especialmente voltada a agricultura familiar. O homem do campo tem na força do trabalho o sustento da sua família precisamos dar condições para que ele possa realizar sua atividades com infraestrutura adequada”, concluiu Paulinho de Zié.
Blog do Ricardo Pereira