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Provocação de Euler causa estupor na Segurança Pública e soa como desacato ao governador

Mais uma vez intensa a repercussão da matéria do Jampanews sobre a resolução do comandante geral da Polícia Militar, Euler Chaves, revogando o decreto do governador João Azevedo, que suspendia os processos administrativos no âmbito estadual.

A ordem expedida pelo comandante estarreceu as principais autoridades do setor da Segurança pela ousadia e pelo desrespeito aos superiores, deixando no ar um cheiro de provocação e atrevimento, cujo objetivo seria testar a coragem do governador até então silente e passivo diante da arrogância e insolência do auxiliar.

João não tem o temperamento de Burity e sabe engolir sapo

A resolução foi entendida nos meios castrenses como um desafio ao Governador e uma queda de braço com a Secretaria de Segurança extensiva ao Corregedor e ao próprio Procurador Geral do Estado, que teria de ser consultado sobre o assunto – todos solenemente atropelados pela resolução.

Em outro entendimento, que percorre o ambiente da Segurança – abalado pela enormidade dos efeitos da resolução do coronel – a intenção seria mostrar aos comandados o tamanho da força do comandante e transmitir a certeza de que jamais será removido do cargo enquanto João for governador, porque a indicação dele pertence a Ricardo Coutinho, padrinho forte, que ainda daria as ordens no estado.

Permanência de Euler confirma que, em certas áreas do Estado João não tem autoridade

Euler foi uma imposição de Ricardo, que custou a cabeça do ex-secretário Claudio Lima: o delegado federal não aceitou permanecer no cargo com o coronel comandando a Polícia Militar.

Lima saiu do Estado sem nunca ter externado os motivos que o determinaram não aceitar a permanência de Euler no Comando.

Lima nunca expôs as razões para não querer a permanência de Euler no comando da PM

Essas razões, que parecem de caráter pessoal, foram com ele para o Rio de Janeiro, onde se recolheu e se nega esclarecer o assunto quando indagado, oferecendo apenas o silêncio como resposta.

Apesar da enorme repercussão do tema entre as fileiras da Segurança Pública ninguém de destaque se pronunciou muito menos o governador João Azevedo, que continua em silêncio passivamente vendo sua autoridade ser corroída pelo atrevimento do auxiliar, confirmando que, em certas áreas do seu Governo, ele não opina nem decide quando muito consulta e obedece.

Daqui não saio daqui ninguém me tira

Na história da Polícia Militar já houve outro episódio semelhante onde um coronel do Exército nomeado para comandar a instituição no Governo de Tarcísio Buriti excedeu os limites da disciplina e da obediência aos superiores, criando um clima de confrontação com a autoridade maior à base do desacato e da insubordinação.

Mas, o episódio teve desfecho diferente porque o governado do momento zelava pela autoridade do cargo mesmo sendo um neófito em política como João Azevedo.

Ao saber da insolência do comandante nomeado por ele, Burity pegou seu carro particular e foi de casa direto para o quartel do comando geral onde exonerou o comandante dentro do seu próprio gabinete, despachando o atrevido com o peso de sua caneta.

Mas, já não se faz governador como antigamente.

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