Locação de veículos envolvida em sombras; Livânia pode levantar este véu a qualquer momento
Ainda existem as áreas de nebulosidade no Governo de João Azevedo, aonde nuvens carregadas podem provocar inundações terríveis arrastando para a lama gente ainda disfarçada de decente já que setores como a Secretaria da Administração, palco onde muitos anos a hoje colaboradora Livâna Farias estranhamente não foi devassado pelos investigadores mesmo sendo um poço de mistérios, aonde se esconderiam as mais suspeitas transações, envolvendo licitações milionárias.
Afora a Educação e a Saúde, nada mais foi investigado nem mesmo a Secretaria que Livânia comandou com extraordinária autonomia e de onde supostamente podia promover os mais escusos negócios, á que por lá e tramitam quase que a totalidade das iniciativas de Governo notadamente envolvendo contratos fabulosos, que precisariam do aval da secretaria para serem consolidados.
Locações
As locações de automóveis seriam um desses labirintos dos mais intrincados da gestão socialista que agora entrou na prorrogação com a eleição de João Azevedo. Este seria um mundo nebuloso ao ponto de não se saber quantos carros continuam locados pelo Estado e onde eles se encontram e quanto custam ao erário.
Seria um ponto altamente sensível e que esteve por muito tempo sob a responsabilidade de Livânia. No entanto, durante todo seu calvário nada lhe foi indagado sobre essas relações aparentemente tenebrosas, envolvendo fortunas que, suspeita-se apascentariam o apetite voraz de muitos tubarões.
Ninguém se dispõe falar sobre assunto tratado como tabu no interior da pasta e os contratos com as locadoras sepultados no mais absoluto silêncio, enterrados em sombras, as mais densas, e o tema – que envolve milhões – mergulhado em segredo de estado mesmo a área tendo sido conduzida pela figura sinistra de Livânia.
Por dedução, sabe-se que as duas pastas mais contempladas com a locação de carros são a Saúde e a Segurança, mas mesmo assim ninguém sabe precisar com exatidão o número de veículos locados e efetivamente prestando serviço.
Cláusulas como a manutenção desses veículos estariam sendo descumpridas haja vista a denúncia vinda do 6° Batalhão de Polícia, em Cajazeiras, onde viaturas teriam ultrapassado o limite prudencial de 100 mil quilômetros rodados, o que exigiria reposição de peças e outros equipamentos, principalmente sabendo-se do emprego a que são submetidas essas viaturas.
Pelo o que acontece em Cajazeiras supõe-se que situações idênticas ocorriam em outras unidades da corporação, incluídas também viaturas da Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.
Segundo informações, essa situação estaria rendendo fortunas para muita gente já que a “economia” com peças e acessórios seria rateada com os tubarões que navegam nesses mares tenebrosos.
Em abril, no embalo da pandemia, o governador João Azevedo reduziu a frota locada e teria conseguido uma economia de 2 milhões, incluído os custos com combustível, mas deixou intocados os carros da Segurança e da Saúde pastas que deteriam o maior número dessas locações.
Em Cajazeiras, há indícios de que, algo de estranho vem ocorrendo já que a manutenção das viaturas não estaria sendo feita com o rigor que o contrato exige.
O governador João Azevedo precisa agir rápido para salvar o que precisa ser preservado de reputação do seu Governo para não afundar lentamente nas águas poluídas da corrupção pela ação solerte do que herdou do passado.