Negociatas mostram que a turma da Calvário continua dando as cartas no terreiro de João
São indícios quase gritantes da permanente influência de Ricardo Coutinho dentro do Governo de Joao. Prepostos que serviram de esteio e de escudeiros quando de sua passagem pelo poder trafegam com intimidade assustadora por corredores e influentes gabinetes.
E até pela desmobilização de legendas, antes redutos invioláveis hoje preenchidas por figuras de reputada capacidade de mimetização que, não só mudam de cor, mas também de aparência, saindo do papagaio de pirata para o de rato de porão com agilidade espantosa.
Outro aferidor dessa continuidade nefasta seria a evolutiva fragilização de conselheiros que funcionavam como travas aos interesses da quadrilha, cada dia mais sem voz e sem força junto ao governador preteridos por verdadeiras nulidades, demostrando o quanto se atrofiou a política no estado, onde sumidades foram substituídas por mediocridades que se arvoram de gênios, respaldados apenas pela enorme capacidade de engendrar mutretas.
Negociatas, as mais estarrecedoras, estariam prosperando e servindo como atrativo e isca para pescar esse cardume de águas turvas e turbulentas, onde empreendimentos imobiliários fabulosos alimentariam a ganância desses aventureiros, os mais descarados, cujos rastros são marcantes e indeléveis na trajetória pela vida pública.
O que havia de considerável em altivez e probidade no Governo de Joao estaria sendo triturado por esse exército de brancaleone, onde verdadeiros maltrapilhos da moralidade se abrigaram para preservar a ganância e a voracidade deixadas pelo poderoso chefão ainda vivo e atuante mesmo que com os tornozelos chipados.
Algo tão tenebroso que a venda posta nos olhos de seminarista de João não o permite enxergar e a sua índole paregórica não se atreve arrancar. João pode se dizer é um governante refém do crime organizado, cercado de pústulas em permanente e acintosa atuação a expandir-se, inexoravelmente, açulada pela morosidade das autoridades coatoras, inexplicavelmente relutantes em restringir a liberdade dos componentes da quadrilha, cada dia mais confiantes na capacidade de destruir as provas que incriminam o bando.
Guiando-se por essa estratégia canhestra espalham versões, as mais mirabolantes, sobre armações e complôs, que visaria destruir um patrimônio politico acintosamente amealhado através de saques ao erário, favorecidos também pela complacência e pela morosidade em aprofundar investigações que, provavelmente, revelariam onde e como o mais perigoso da quadrilha reuniu tanto poder e espalhou tanto medo e terror.
Tolhido por compromissos do passado, João cada dia mais manipulado por esses redutos da corrupção, agora bem mais céleres, em razão das eleições municipais, onde verdadeiras ratazanas estão sendo adestradas para assumir prefeituras e assim perpetuar o poder da quadrilha, agora envergando a malha da cidadania.