A guerra de Zema começou: presidente do Novo considera governadores do NE “irresponsáveis”
A reação de políticos de esquerda e governadores do Nordeste às declarações de Romeu Zema (MG) foi desproporcional e irresponsável e o mineiro só defendeu que Sul e Sudeste não percam representatividade por sua força política, afirma ao Painel o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Zema afirmou que o Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) decidiu buscar protagonismo político e econômico para as duas regiões para evitar perdas econômicas contra as outras regiões.
Em resposta, o governador João Azevêdo (PB), presidente do Consórcio Nordeste afirmou que viu nas declarações do mineiro estímulo à “guerra entre regiões”.
Ribeiro criticou a primeira versão do título da reportagem, que falava em frente contra o Nordeste. “A partir de uma manchete inverídica escala para um fato desses de maneira absolutamente desproporcional”, afirma.
Para ele, a resposta dos governadores do Nordeste e políticos de esquerda foi irresponsável, em especial por insinuar que havia nas declarações de Zema intenções separatistas, “o que é um completo absurdo. ”
“Os governadores, se não leram a matéria, foram irresponsáveis, e se leram a matéria, foram desonestos”, complementou o presidente do Novo, partido de Zema. Na avaliação de Ribeiro, o governador mineiro apenas defende que Sul e Sudeste tenham força política para não perder representatividade.
“Ninguém aqui é contra ajudar regiões específicas que precisam ser desenvolvidas. A preocupação que há, não só do governador Zema, mas de todos os governadores de Sul-Sudeste, prefeitos de forma geral, é que essa balança não pese demais para um lado, que haja um bom senso, que haja um equilíbrio.”
O presidente do Novo também se disse “positivamente surpreendidos” com a reação em redes sociais de pessoas que “se levantaram para defender o governador dessa injustiça.”