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Agevisa reúne especialistas no CRM em debate sobre qualidade de imagem no combate ao câncer de mama

Numa promoção do Governo do Estado, através da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa/PB), responsáveis técnicos por serviços de mamografia, supervisores de proteção radiológica, médicos radiologistas, enfermeiros e tecnólogos e técnicos em Radiologia que atuam em serviços de mamografia, públicos e privados, participaram, na manhã e parte da tarde de sexta-feira (27), de um treinamento sobre as diretrizes do Programa Nacional de Qualidade em Mamografia do Ministério da Saúde (PNQM/MS).

Realizada no Auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM), à Avenida Dom Pedro II, nº 1335, no Centro de João Pessoa/PB, a capacitação teve o formato de palestra ministrada pela professora titular do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco, Dra. Helen Jamil Khoury, que apresentou explicações técnico-científicas sobre as diretrizes e parâmetros do PNQM e sobre os elementos que envolvem a formação da imagem mamográfica.

Doutora em Física Nuclear pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, e integrante (na condição de membro designado) da equipe do Projeto de Cooperação para a Região da América Latina, da Agência Internacional de Energia Atômica (Projetos RLA 9088 e RLA9091), a professora Helen Khoury falou sobre os variados aspectos da utilização da imagem pela medicina e sobre como os profissionais que atuam na área de radiodiagnóstico devem proceder para garantir a boa qualidade da imagem e, com isso, oferecer aos médicos responsáveis pela interpretação dos exames as condições necessárias para entender e decidir sobre o tipo de tratamento que as pacientes devem ser submetidas.

Organização e apoio – Parte das atividades da Campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama e de defesa da saúde da mulher, e das comemorações pelo Dia Estadual de Vigilância Sanitária, celebrado em 25 de outubro, o evento realizado no Auditório do CRM/PB foi coordenado pela diretora-técnica de Ciência e Tecnologia Médica e Correlatos da Agevisa/PB, Vívian Lopes Miele, com o apoio do gerente técnico de Inspeção e Avaliação de Produtos, Equipamentos e Tecnologias Médicas, Emanuel Macedo, dos inspetores sanitários Wellington Leadebal, Adriana Mendes e Christiane Lucena, e do servidor da DTCTMC/Agevisa, Daniel Neves.

Os trabalhos tiveram a participação do diretor-geral da Agevisa, Geraldo Moreira de Menezes, da gerente-técnica de Inspeção em Saúde do Trabalhador da Agevisa, Sayonara Carlos Severo, da diretora-geral do Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer da Paraíba, Roseane Machado, da médica mastologista Rossana Paiva, que também integra a equipe do CEDC/PB, e da Vigilância Sanitária de João Pessoa.

CEDC – Em sua participação, a diretora Roseane Machado falou dos serviços oferecidos pelo CEDC e disse que as mulheres paraibanas precisam saber que o órgão de saúde está com suas portas abertas ao atendimento público durante todos os meses do ano, e não somente na campanha Outubro Rosa. Ela informou que desde o ano de 2017 a Paraíba vem se destacando na questão da qualidade da mamografia e disse que, atualmente, o CEDC/PB dispõe de Certificação do Programa de Qualidade em Mamografia, do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A médica mastologista Rossana Paiva também ressaltou a disponibilidade do CEDC de atender, não somente as mulheres com suspeitas de lesões, mas todas as mulheres, a partir dos 40 anos de idade, que queiram realizar seus exames de rotina, e alertou para o fato de que o câncer de mama continua levando inúmeras mulheres a óbito.

Rossana Paiva observou que, na Paraíba, somente em 2022, foram registrados 334 óbitos de câncer de mama, e que, em 2023, de janeiro a setembro, já foram registrados 205 casos de óbitos. Ela acrescentou que, no Estado, há uma preocupação grande, em termos de saúde pública, na questão do câncer de mama, que é um dos mais incidentes no sexo feminino e que gera várias complicações, não só do ponto de vista diagnóstico, mas também de repercussões para a mulher na questão social, familiar e trabalhista.

Fiscalização sistemática – Ao final do evento, o diretor-geral da Agevisa/PB, Geraldo Moreira de Menezes, e a diretora-técnica Vívian Miele, ressaltaram o compromisso do Governo do Estado, por meio da Vigilância Sanitária Estadual, com a garantia da qualidade dos serviços de radiodiagnóstico por imagem e afirmaram que, no âmbito da Agevisa, a fiscalização sistemática realizada nesses serviços, incluídos aqueles especializados em mamografia, é reconhecida e implementada como atividade regulatória de extrema importância para a garantia da fidelidade dos exames realizados.

Eles explicaram que a fiscalização e o controle regular da qualidade dos equipamentos tecnológicos utilizados no tratamento da saúde têm o objetivo central de garantia que os mesmos estejam sempre funcionando perfeitamente, considerando que um aparelho desregulado pode levar a resultados falso-positivos ou falso-negativos capazes de ocasionar danos irreparáveis à saúde de quem é exposto à sua utilização.

“Por exemplo, uma paciente portadora de câncer de mama que, ao se submeter a uma mamografia, receba um resultado falso-negativo, passará a ter a falsa ilusão de que goza de boa saúde; não se submeterá ao tratamento devido e poderá perder a própria vida em razão do agravamento da doença que tem, mas que imagina não ter por causa do resultado equivocado do exame realizado com a utilização de um aparelho desregulado”, observou a diretora-técnica Vívian Miele.

Sobre o PNQM – Atualizado pela Portaria MS nº 2.898, de 28 de novembro de 2013, o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia do Ministério da Saúde tem por objetivo avaliar o desempenho da prestação dos serviços de diagnóstico por imagem que realizam mamografia, tomando por base critérios e parâmetros referentes à qualidade da estrutura, do processo, dos resultados, da imagem clínica e do laudo.

Executado pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), pela Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS), pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA/SAS/MS) e por todos os serviços de diagnósticos por imagem que realizam mamografia, o programa tem abrangência nacional e se aplica a todos os estabelecimentos de saúde públicos e privados que realizam mamografia e que sejam vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS).

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