Alô, Alô, respondam com toda sinceridade: onde foi parar o AIKO?
Nesse debate tenebroso sobre se há ou não espionagem dentro do Governo Estadual existe um fato que ninguém quer ou sabe responder: onde foi parar o AIKO, substituído pelo Guardião?
Na Secretaria de Segurança apenas especulações sobre seu paradeiro, onde muita gente graúda da pasta insinua que deve estar com a Polícia Militar cuja atividade constitucional não lhe permite atuar como polícia judiciária, investigativa.
Mesmo não podendo atuar nessa área de investigação a Polícia Militar tem um setor submetido ao comandante geral que emprega militares nessa atividade, vista como clandestina, porque não condiz com a finalidade constitucional da corporação, emprestando fama aos P2, iguais ao flagrado em missão secreta nos arredores do gabinete do secretário provavelmente portando um aparelho com a semelhança e utilidade do desaparecido AIKO.
Além do mais, a corporação fez aquisição recentemente de aparelhos supostamente adquiridos ao Governo de Israel para desenvolver atividade de caráter completamente discrepante de suas funções constitucionais e isso foi denunciado na Imprensa e na própria Assembleia Legislativa, onde um documento foi protocolado pelo deputado Cabo Gilberto junto ao Ministério Público pedindo sua intervenção no caso, mas até hoje incrivelmente sem resposta, apesar da gravidade do tema.
O assunto é tabu dentro da Secretaria e nem mesmo o secretário aborda o assunto e nem ele sabe dizer o paradeiro do aparelho que, tivesse seguido as vias normais, teria sido devolvido ao Ministério Público como obriga a Legislação.
Este, por sua vez, também silencia sobre o tema, e ninguém sabe ninguém viu numa omissão que causa perplexidade, já que o potencial para a criminalidade do aparelho, em mãos erradas, é incalculável e pode estar alimentando a rede de espionagem surpreendida agindo nos arredores do secretário de Segurança como também em outros arredores, onde outras autoridades podem estar sendo espionadas e submetidas a pressões terríveis, que comprometam sua independência e autonomia.
O mundo da espionagem socialista foi revelado e denunciado por integrantes do esquema político do partido, em cargos de confiança, como o de Secretário de Segurança Pública, cujo titular estaria sendo alvo de missões secretas como revelou o espião flagrado nas proximidades do gabinete.
Mas nada disso aciona órgãos como o Ministério Público e nem a recente Delegacia Estadual de Combate a Corrupção, onde um delegado midiático só tem zelo para atacar os adversários políticos do Governo como fez recentemente em Santa Rita e também no Conde de onde foi afastado por forças poderosas, que se incomodaram com sua vigilância e seu propósito de se exibir no Fantástico da Rede Globo num domingo qualquer, que ficaria marcado para sempre na sua trepidante carreira policial.
Tanto barulho em torno de atividades atreladas a corrupção, mas a Delegacia de Combate nem se agita muito menos se preocupa saber por onde anda um aparelho que tem todo perfil de equipamento adequado para sondar clandestinamente a intimidade do mundo oficial e fazer uso do que colher para chantagear e extorquir como denunciou o deputado Cabo Gilberto na tribuna da Assembleia Legislativa.
Preferindo o esfuziante delegado, de ruiva cabeleira, os refletores e microfones ofertados pelas prisões de raquíticos vereadores, deslumbrados com as luzes de um Natal que nunca haviam visto já que naturais dos vastos partidos de cana, que enfeitam a paisagem rural de Santa Rita, imortalizados pelo talento de Zé Lins.
Realmente é um mistério o paradeiro do AIKO, e, mais misterioso ainda, o silêncio em torno do tema, onde nem mesmo o Ministério Público se manifesta para saber a destinação e utilização do equipamento: se recebeu ou não recebeu se foi desativado ou não, com quem está e por onde anda.
Provavelmente a localização do AIKO contribuiria e muito para levantar a cortina de contradições e altercações que envolvem o assunto e muita coisa do mundo da denunciada atividade clandestina viria à tona e a face sombria dos seus manipuladores revelada ao distinto público.
Alô, Alô, Ministério Público, responda!