As cobras e os chacais cruzam a ponte de Bayeux em incessantes e tenebrosas confabulações
Não podia ser mais nebuloso e indefinido o cenário politico de Bayeux, uma cidade devastada pela falta de probidade de seus homens públicos, açulados pela voracidade aos recursos públicos que manipulam em tenebrosas transações de bastidores, mostrando que a prática do dinheiro na cueca não é privilégio de poucos.
Entra e sai prefeito e a bandalheira permanece numa confirmação que a mentalidade de esgoto se perpetua e a cidade afunda no mangue de indecências que faz corar as mais descaradas e destacadas estrelas dos meretrícios de ponta de rua.
Os bastidores da Câmara Municipal da cidade estão em ebulição e as escaramuças correndo soltas visando degolar os imprudentes e afoitos e também os reputados espertalhões cuja esperteza invariavelmente termina por engoli-los.
Ambiente de densa poluição moral, onde todo tipo de infratores se estabeleceram conduzidos pela habilidade nefasta de ludibriar incautos eleitores, a Política em Bayeux transformou-se num gigantesco monturo da mais pérfida e rasteira degradação humana como confirmam os sucessivos escândalos das estrelas desse festival de imoralidades com o dinheiro público, onde cueca virou bolso e o cinismo escudo e armadura.
A movimentação é intensa nos gabinetes, onde as ratazanas confabulam subindo e descendo ladeira, entrando e saindo de gabinetes sem redenção, usados como ratoeiras para traçar estratégias que escancaram os cofres públicos, na ânsia insana de acobertar e privilegiar obscuros vagabundos.
Daqui do nosso modesto ponto de observação estamos acompanhando essa movimentação intensa que cruza a velha ponte de Bayeux, servindo de atalho para caminhos mais solenes, onde as gravatas e os ternos de grife disfarçam a aparência de reputados malandros cuja passagem pelo serviço público deixou impressões digitais, e o som das vozes desses abutres gravadas em devastadores áudios.
Aguardemos.