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Até logo, Biliu!

Por Marcos Alfredo

 

Biliu de Campina agora é uma estrela: eterna, sapeca, irreverente e de talento sem comparação no nosso multiverso de Campina Grande. Na verdade, partiu Severino Xavier de Souza, que presenteou a humanidade com um personagem imortal e único ao longo de 75 anos se existência.

Descansou finalmente quem não queria impor limites à própria capacidade humana de se expressar como um artista – “o maior carrego do Brasil” -, comprometido com uma causa de uma nota só durante toda a sua vida: a celebração da autêntica música regional.

Eis porque Biliu sempre foi universal. Para não deixar dúvidas, associou seu nome ao da cidade a qual amava, com um sentimento precioso de pertencimento; sua aldeia representava o sentido de sua existência nos palcos do mundo; em Campina, seu sobrenome por escolha, montou seu bunker de resistência cultural. E no alagoagrandense Jackson do Pandeiro, que também foi conquistado por esta serra, sua maior referência.

Biliu não parte. Nos dá apenas um “até logo”, pois será impossível nos livrarmos de seu legado musical, de sua experiência, de seus ensinamentos, de sua imagem na Praça da Bandeira, no cafezinho do Aurora, de sua voz peculiar e de sua inteligência sem cerimônias.

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