Atentado enterra anistia

O atentado na Praça dos Três Poderes por um bolsonarista, ex-candidato a vereador pelo PL numa cidade de Santa Catarina, dá a dimensão do destemor dos golpistas – sim, eles continuam ativos. Somando-se ao que aconteceu no 8 de Janeiro, o golpismo está vivo e ainda mira detonar as instituições democráticas e a repartição dos Poderes. Posar de bonzinhos arrependidos e inofensivos não convence.

O que aconteceu no recente atentado enfatiza isso. Foi o gabinete do ódio que incentivou o ataque aos Poderes no 8 de Janeiro. O mesmo gabinete continua inspirando outros golpistas desvairados. É tudo culpa de um grupo que pensa o ódio e, portanto, seus seguidores ativos no crime têm que ser detidos, sem anistia.

Esse é mais um fato a corroborar com a ideia de que anistiar golpistas é minimizar perigosos atentados a autoridades e à democracia. Anistiá-los só iria passar o entendimento de que atentados políticos são banais. E estão longe de sê-lo, na verdade.

Os deputados federais bolsonaristas já entenderam a gravidade da situação. A Folha de S. Paulo teve acesso a mensagens de WhatsApp que foram enviadas em dois grupos com deputados da oposição.  Em um deles, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) enviou imagem do suspeito da explosão. “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp”, escreveu.

Ao que o deputado Capitão Alden (PL-BA) aduziu: “Lá se foi qualquer possibilidade de aprovar a anistia. Adeus redes sociais e esperem os próximos 2 anos de perseguição ferrenha! Com certeza o inquérito das fake news será prorrogado ad eternum”, disse.

Amém!

Por Gisa Veiga